terça-feira, 29 de novembro de 2011

Igreja entra na Justiça para garantir direito de usar maconha em cultos!

OLHEM QUE ABUSURDO!

A Igreja do Universo, com sede no Canadá, entrou em uma disputa judicial para ter o direito a utilizar maconha com fins religiosos. Representada pela figura de Christopher Bennett, Sacerdote da igreja, a disputa começou em 2009, quando Bennett enviou uma carta ao ministro da saúde solicitando que a erva fosse incluída como item de prática religiosa na lei que regulamenta o uso de substâncias controladas.
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Recentemente, o Juiz Michel Shore divulgou decisão contrária às solicitações feitas por Bennett, afirmando que não foi provado que a maconha tenha “qualquer ligação com a religião”. Bennett afirma que em seus estudos, chegou à conclusão que a cannabis sativa (nome científico da erva) seja uma forma de consciência coletiva, uma manifestação divina. Ele publicou três livros sobre o assunto e garante usar maconha em rituais religiosos há mais de vinte anos. Curiosamente, o juiz Michel Shore também tem livros publicados sobre religião e espiritualidade.
Hoje com 49 anos, o defensor da erva afirma que passou a frequentar a Igreja do Universo em 1990, quando em uma de suas sessões recebeu uma revelação da própria maconha de que na verdade, a cannabis não era uma droga, mas sim, a árvore da vida mencionada no Apocalipse.
Em seu argumento, Bennett relacionou diversos casos de religiões que, ao longo do tempo, utilizaram a maconha em seus rituais, como forma de alcançar um nível superior de espiritualidade. O juiz Shore, reconheceu que apesar dos fatos históricos listados, Bennett não conseguiu provar a relevância da maconha para uma religião, e entendeu que a legislação do Canadá não poderia privilegiar os adeptos de uma seita. No Canadá, a maconha é permitida para fins medicinais, com uso controlado por meio de prescrições médicas, e em relação a isso, o juiz entendeu que nesses casos, a erva é utilizada para proteger a segurança e a saúde pública.
Inconformado com a decisão, Bennett afirmou que tratava-se “claramente de uma discriminação religiosa”. O sacerdote da Igreja do Universo é dono de uma loja que comercializa ervas místicas e também colabora com um site que divulga conteúdo ligado à maconha. No processo, segundo o Gospel Prime, Bennett inseriu uma pesquisa feita no Google, e afirmou que os termos “Jesus” e “maconha” aparecem em diversos conteúdos ligados à religião.
As doutrinas da Igreja do Universo defendem que a maconha é citada na Bíblia em diversas passagens, e que por uma tradução errada, teria sido omitida nos escritos.
Uma dessas passagens bíblicas que a igreja contesta, é a de Êxodo 30:23, onde é mencionado uma quantidade de cálamo para a unção dos sacerdotes. Nesse ponto, as doutrinas defendidas por Bennett indicam que o termo cálamo é resultado da tradução errada de “Kaneh-Bosum”, e que o correto seria “cânhamo”, um outro nome dado à maconha. Baseados nisso, afirmam que Jesus e seus discípulos usaram maconha para ungir e curar enfermos.
Christopher Bennett e a Igreja do Universo irão recorrer da sentença, para garantir que seus rituais continuem sendo praticados de forma intensa e completa.
Fonte: Gospel+

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

APÓSTOLOS NO SÉC.XXI? PURO ENGANO...

1- Quem eram eles? O termo "apóstolo" literalmente significa mensageiro, alguém enviado ou delegado. Ninguém podia ser um apóstolo pela própria vontade ou desejo, eles deveriam ser pessoalmente chamados pelo Senhor Jesus Cristo para este ofício. "E, quando já era dia, chamou os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos" (Lucas 6:13). Todos eram homens, não havia nenhuma mulher chamada para ser "apóstolo"
De acordo com o Livro de Atos 1:21-22, para que alguém se tornasse um apóstolo, era necessário ter sido testemunha ocular durante todo o ministério público de Cristo incluindo depois da Sua ressurreição.
Foi permitido a igreja primitiva nomear diáconos (Atos 6:5) e anciãos (Atos 14:23), mas eles não podiam nomear apóstolos. Tal prerrogativa veio diretamente e tão somente de Cristo. Mesmo em Atos 1, a decisão final daquele que ocuparia o lugar de Judas, foi deixada nas mãos do Senhor. "E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido" (Atos 1:24).
No Novo Testamento, nós também encontramos a mesma palavra Grega para "apóstolo" sendo usada para designar homens cujas igrejas escolheram para transmitir informações ou ajuda duma igreja para outra (II Coríntios 8:23; Filipenses 2:25; Atos 14:14; Apocalipse 2:2) Estes, portanto, não devem ser confundidos com os doze escolhidos pessoalmente por Cristo como Seus apóstolos.
O apóstolo Paulo desfrutou de um chamado único ou exclusivo. Embora ele não tivesse acompanhado Cristo durante Seu ministério público, ele viu Cristo ressuscitado e foi especialmente designado por Ele, como vemos em Gálatas 1:1, "Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)" Novamente Paulo explica; "e por derradeiro me apareceu também a mim, como a um abortivo" (I Coríntios 15:8.) Cristo chamou a Paulo mesmo depois da época da chamada dos apóstolos ter passado. Observe que Paulo foi o último de todos os apóstolos na terra a ver o Senhor Jesus de maneira visível, como uma testemunha de Sua ressurreição. Ninguém tem visto Cristo desta maneira desde então. Por isso, Pedro podia presumir que nenhum de seus leitores tinha visto o Senhor: "Ao qual, não o havendo visto amais, no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso" (I Pedro 1:8)
Ninguém, hoje em dia, que se advoga ser um apóstolo, preenche estas qualificações bíblicas. Da mesma forma, não temos nenhum dos apóstolos presentes para poder confirmar este chamado, como podemos ver quando Paulo foi recebido e reconhecido pelos mesmos (Gálatas 2:9). Vemos na igreja de Corinto, que um irmão com o dom de profecia, não falava e não era aceito sem que outros com o mesmo dom julgassem se o que foi dito vinha realmente da parte de Deus, sendo assim, como podem então estes que hoje dizem ser apóstolos serem julgados, sendo que não há mais apóstolos em nosso meio (I Coríntios 14:29.)
2- A Função deles. De acordo com Efésios 2:20, os apóstolos tiveram papel importante no desenvolvimento da Igreja Neo-Testamentária, que foi edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina." O papel deles incluiu pelo menos três funções. Primeira: A de serem testemunhas contundentes da ressurreição de Cristo, pois todos puderam vê-lo em Seu corpo ressuscitado. Segunda: A de receberem a revelação do mistério da Nova aliança, ou época da igreja, que seria composta tanto de judeus como de gentios (Efésios 3:1-10.). Os apóstolos foram os primeiros a entenderem esta verdade e a ensinaram para outros. Terceira: Eles foram inspirados a escrever a infalível Palavra de Deus ou Santas Escrituras, que as gerações posteriores poderiam ler. Todo o Novo Testamento foi escrito por um apóstolo ou por alguém diretamente ligado a um deles. Pouco antes de sua morte, o ultimo dos apóstolos que ainda sobrevivia, nos relata que este aspecto do trabalho deles foi completado de uma vez por todas (Apocalipse 22:18-19). Desde então, não temos mais nenhuma revelação que seja inspirada e genuína.
3- Sua Duração. O ofício de apóstolo foi temporário, pois seu trabalho estava limitado ao período de estruturação da igreja. O fundamento se faz necessário somente uma vez, e dali em diante, nós construímos sobre ele, pois não colocamos repetida e interminavelmente um fundamento. Não há lugar para apóstolos em nossos dias, pois o fundamento já foi há muito tempo completado. O cristianismo bíblico tem sido edificado sobre este fundamento por mais de 2000 anos. É uma coisa totalmente vergonhosa e arrogante, alguém ousar se colocar a si mesmo em pé de igualdade com Pedro ou Paulo e assumir o título de apóstolo hoje.

Vejam esse absurdo:




Com a ascensão do neopentecostalismo, uma característica que a igreja evangélica brasileira adotou foi a consagração de grandes líderes a apóstolos, e cada um deles possui uma “visão” diferenciada para seus ministérios. Embora igrejas protestantes mais tradicionais não abracem essa prática, as igrejas que mais crescem no Brasil possuem estreita relação com esses líderes.

Confira uma lista com os dez apóstolos mais famosos do Brasil e fatos marcantes ligados a seus ministérios. A lista abaixo não está ordenada por ordem de fama.

Estevam Hernandes

Fundador da Igreja Apostólica Renascer em Cristo (1986), Estevam foi gerente de marketing de empresas multinacionais antes do ministério. Casado com a Bispa Sônia Hernandes, o casal passou por várias igrejas antes de decidirem fundar a Renascer. Consagrado a Bispo em 1994, foi elevado ao patamar de Apóstolo em 1995, em uma Conferência Profética realizada no templo-sede da Renascer. Estevam coordena diversas instituições ligadas à Renascer, como a Rede Gospel e a Fundação Renascer, além de apresentar programas de TV, escrever livros, compor músicas e praticar um hobby: tocar saxofone. Em 2005, o Apóstolo Estevam Hernandes fundou a CIEAB (Confederação de Igrejas Evangélicas Apostólicas do Brasil). Outra marca importante em seu ministério foi a implantação no Brasil da Marcha para Jesus. O fato mais polêmico envolvendo Hernandes foi sua prisão nos Estados Unidos em 2007, por entrar com 56 mil dólares não declarados, escondidos em uma Bíblia.

Valdemiro Santiago

Ex- Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, fundou a Igreja Mundial do Poder de Deus em 1998, após desavenças com o Bispo Edir Macedo. Valdemiro, antes de se desligar da IURD, era cotado como sucessor do líder da Universal. É casado com a Bispa Franciléia Oliveira, escritor, apresentador de TV, cantor e Presidente da TV Igreja Mundial. Atualmente, o Apóstolo Valdemiro Santiago é o pregador evangélico com mais horário na televisão.

Renê Terra Nova

Fundador e Presidente do Ministério Internacional da Restauração (MIR), é Apóstolo do Brasil e das Nações e Patriarca da Visão Celular no Modelo dos 12. Terra Nova era Pastor Batista na Igreja Batista Memorial em Manaus, e fundou a Primeira Igreja Batista da Restauração. É casado com a Apóstola Ana Marita Nogueira Terra Nova, e foi ungido em 2001, na mesma cerimônia que consagrou o Pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. Junto com Valnice Milhomens, é um dos responsáveis pela implantação do modelo dos 12 no Brasil, e em 2002 foi nomeado presidente da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém para o Brasil e América do Sul. Já ungiu ao apostolado outros mil líderes e no dia de seu aniversário em 19/06/2010, foi reconhecido como Patriarca.

Márcio Valadão

Pastor da Igreja Batista da Lagoinha, fundada em 1957, foi ungido a Apóstolo na mesma cerimônia que consagrou Renê Terra Nova ao apostolado. Casado com a Pastora Renata Valadão, Márcio não usa o título de Apóstolo. É escritor, presidente da Rede Super de Televisão e membro do Conselho Apostólico Brasileiro. É pai dos principais nomes do Ministério Diante do Trono: Ana Paula Valadão, André Valadão e Mariana Valadão.

Rina

Rinaldo Luiz de Seixas Pereira foi ungido Apóstolo após fundar a “Bola de Neve Church”, em 2000. Rina era Bispo na Renascer em Cristo, e saiu para fundar a Bola de Neve. A curiosidade pelo nome da igreja levou diversas pessoas a se interessarem por conhecer a “igreja dos surfistas”. Rina é membro da Coalizão Apostólica Profética Brasileira, casado com a Pastora Denise Gouvêa, é formado em Marketing e Teologia, com pós-graduação em Administração. O Apóstolo também apresenta um programa de televisão.

Miguel Angelo

O líder da Igreja Evangélica Cristo Vive, fundada em 1985, com sede internacional no Rio de Janeiro, e Bispo Primaz da Missão Apostólica da Graça de Deus, nasceu em Angola, é casado com a Bispa Doutora Rosana Torres Ferreira, fez seminário na Assembleia de Deus em Portugal. Antes de fundar a igreja Cristo Vive, foi Pastor na Igreja Nova Vida, também no Rio de Janeiro. Sua ordenação ao apostolado aconteceu em 1991, na cidade de Miami (Estados Unidos), na I Convenção das Igrejas em Graça. Miguel Angelo é membro da Academia Evangélica de Letras e da Ordem dos Teológos Evangélicos da América Latina. Uma de suas posturas teológicas mais marcantes é a de que as pessoas que a Bíblia define como “eleitos”, existiram em outras vidas como anjos.

Ezequiel Teixeira

Apóstolo do Projeto Vida Nova, conhecida como a “Igreja com Cara de Leão”, é Presidente do Conselho de Ministros das Igrejas Evangélicas de Vida Nova e da Projeto Vida Nova de Irajá, no Rio de Janeiro. Em 1989, participou da fundação da Associação Missionária Vida Nova, e no mesmo ano foi fundou a Projeto Vida Nova. Uma curiosidade é o “evangelismo estratégico”, feito no Dia de Cosme e Damião, no Dia de Finados e no Carnaval, utilizando o Bloco Cara de Leão. Casado com a Pastora Márcia Teixeira (vereadora na cidade do Rio de Janeiro), é escritor e apresentador de um programa de televisão. Foi consagrado ao apostolado em 2005.

Valnice Milhomens

Apóstola da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, foi a primeira missionária brasileira enviada pela Convenção Batista Brasileira à África (1971) e 13 anos após, retornou ao Brasil e desligou-se da Convenção por desavenças teológicas quanto ao Batismo com o Espiríto Santo. Fundou o Ministério Palavra de fé em 1987 e foi também a primeira líder evangélica a apresentar um programa de televisão. Em 1993 foi consagrada pastora, e em 2001, foi a primeira mulher brasileira a ser reconhecida como Apóstola. Ao lado de Renê Terra Nova, trouxe o modelo dos 12 ao Brasil. Valnice é solteira, optou pelo celibato para se dedicar ao ministério, e também é escritora.

Mike Shea

Fundador e principal líder do Ministério Casa de Davi, Mike Shea é casado com Marlene Shea. Afirma que em 1993 o Espírito Santo o mostrou o desenho de uma chave nas ruas da cidade de Londrina, no Paraná, e então, a partir dessa revelação, fundou o ministério do qual é líder até hoje. Um dos fatos recentes mais marcantes sobre o Ministério Casa de Davi foi a confissão de um dos principais nomes, Davi Silva, de que seus testemunhos eram mentira ou cópia do testemunho de outras pessoas. Na ocasião, Shea afastou Davi Silva e o aconselhou a procurar ajuda médica.

Neuza Itioka

Apóstola do Ministério Ágape Reconciliação, que enfatiza a batalha espiritual, cura interior e libertação, foi seminarista do Fuller e missionária da Sepal. Coordena a Rede Internacional de Guerra Espiritual e a Rede Internacional de Intercessão Estratégica. Neuza é escritora, membro do Conselho Apostólico Brasileiro, diretora da Rede Apostólica de Ministérios Cristãos e Presidente do Projeto de Transformação Brasil. Foi ungida Apóstola em 2002, e recebeu a incumbência de ungir o Brasil em uma semana. Afirma ter usado um avião que cruzou todo o território nacional espalhando óleo sobre as cidades.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O PERIGO DO SENSACIONALISMO...

A reportagem da Record traz à baila um assunto já há muito debatido no meio evangélico tanto brasileiro com americano. David Wilkerson já criticava fortemente a chamada unção de Toronto em suas pregações. Como é um assunto requentado alguns acham que não deveria ser abordado ou mesmo não poderia ser tratado em horário nobre por uma rede de televisão ligada a uma igreja. Mas aqueles que discordam creio que o fazem porque a reportagem atinge em cheio práticas estranhas à Palavra de Deus e que são corriqueiras no meio neopentecostal. Sei que muitos se levantarão para criticar a reportagem que a meu ver pecou por não ter ouvido cientistas da religião, pastores representativos ou mesmo líderes pentecostais, mas mexe na ferida aberta de um movimento gospel alienado do centro da fé cristã. Essas práticas estapafúrdias deveriam passar longe do arraial do Senhor, mas é exatamente dentro dele que se manifestam porque aproveitam o vazio espiritual e teológico existente no mesmo. Pensemos em alguns pontos:
  • Por que esse movimento não foi combatido quando do seu nascedouro ou entrada no Brasil?

Creio que mais uma vez os fatores desconhecimento, financeiro e ignorância bíblica e teológica prevaleceram. A aceitação acrítica que tudo que vem de fora somente reflete um grande complexo de inferioridade reinante na mentalidade das classes sociais brasileiras não somente evangélica, mas na política e acadêmica. Na década de 60 a frase do embaixador do Brasil nos Estado Unidos virou referência da subserviência aos americanos pelo governo da ditatura militar: " O que é bom para a América (EUA) é bom para o Brasil". Retratava abertamente pensamento do Destino Manifesto. Essa aceitação acrítica de fenômenos vindos do hemisfério norte implica em inferioridade por nossa parte e superioridade dos outros. Como estes fenômenos enchem igrejas e consequentemente produz aumento nas arrecadaões das mesmas, são pouco reprimidos por aqueles que se sentem à vontade com essas práticas. O aspecto da pouca profundidade teológica por parte da maioria dos líderes neopentecostais proporciona um campo fértil para proliferação dessas bizarrices gospel em solo brasileiro. Nenhuma igreja histórica abraça esses comportamentos como prática eclesiológica ou litúrgica.
  • Por que essas coisas proliferam em nossos meios?
Continuarão a proliferar porque em nome de uma espiritualidade doentia e adoecedora muitos sacrificaram a razão no altar da emoção. Manifestações totalmente irracionais e desprovidade de embasamento bíblico e teológico fazem parte do cardápio oferecido a uma classe social carente de aceitação e significado, que encontra nestes nichos gospel o lugar e momento para se realizarem. Enquanto a igreja não acordar para a necessidade de ter pastores com boa formação bíblica e teológica estará sendo terreno fértil para esses comportamentos. O excesso de consagrações de pastores sem qualquer tipo de formação teológica expressa a pouca importância dada pelas denominações ao ministério pastoral. Assim estabelece-se um grande antagonismo/paradoxo. Se os pastores são aqueles designados por Deus para alimentar seu rebanho e estes não possuem nenhum tipo de formação, logo teremos um rebanho desprovido da Palavra e consequentemente se torna alimento propício para lobos adentrarem em seus meios. Lideranças incautas, ignorantes e não afeitas ao conhecimento propocionam um ambiente adoecedor para seus fieis. Cristo não é formado nestes e se tornam presas do improvável.
  • Por que a dicotomia entre saber e espiritualidade reina em nosso meio?
Foi nos vendido a idéia que cultura e espiritualidade são incompatíveis. É comum no meio evangélico a afirmação que aquele que se dedicou aos estudos não encontra correspondente na espiritualidade. Como se Deus, sua Palavra e seu Espírito fossem avessos ao conhecimento, o que seria um contracenso, pois, Deus dotou o homem de capacidade de aprendizagem. Como o saber leva tempo e investimentos até financeiros muitos buscam em uma espiritualidade tipo fast food encurtar caminho para se entender a vontade de Deus ou mesmo demostrarem uma espiritualidade que não possuem. É comum lideranças que vazias do conteúdo celestial fazerem afirmações irracionais e as revestirem com uma verborragia espiritual. Como exemplo temos um vídeo na internet onde uma cantora gospel pega um jarro cheio de óleo e derrama nas pessoas tipificando unção do Espírito e depois imerge contra capas de seus CDS neste jarro profetizando que estes serão multiplicado em diversas línguas como ingles, espanhol etc. Realiza tal bizarrice gospel em nome de um ato profético que seria realizado. Temos na histórica exemplos de saber e unção do Espírito Santo caminharem juntos. No Novo Testamento tivemos Paulo que estudou aos pés de Gamaliel foi cheio do Espírito Santo. Agostinho de Hipona viveu está mesma experiência. Mais recentemente tivemos Jonathas Edward que foi filósofo e pastor vivendo em pleno avivamento no século XVIII, pregando doutrinas calvinistas e catalogando as experiências daqueles que vivenciaram o avivamento. Nunca saber e espiritualidade foram forças antagônicas, mas dentro do equilíbrio foram forças complementares. Pedro diz que os cristãos devem crescer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. O teólogo Escocês John Mackay dizia: "Ação sem reflexão é paralizia da razão". Precisamos urgentemente resgatar a máxima dos puritanos referente aos pastores que dizia: "Os pastores devem ser santos e cultos". Por causa dessa máxima e visão ministerial a Universidade de Harvad foi criada para formar os melhores pastores para suas igrejas.
  • O medo de ofender o Espírito Santo.
Muitos aceitam qualquer fenômeno como do Espírito porque não possuem discernimento para distinguir aquilo que procede de Deus, do homem ou do diabo. Acham que o Espírito Santo age de modo irracional e anti-escriturístico. Entendem que por alguém dizer que Deus revelou ou mandou fazer desse dou daquele jeito ou modo nada pode ser questionado. Paulo nos encoraja em I Corintios a julgarmos as profecias e não aceitarmos acriticamente como se fossem de Deus. Tudo aquilo que fere as Escritúras não provem do Espírito Santo que inspirou as mesmas. O Espírito Santo não trabalha contra aquilo que ele produziu, Ele não desacreditaria sua própria iniciativa. Precisamos aqui encontrar o equilíbrio entre investigação e inspiração. O estudo das Escrituras Sagradas nos fazem ver que a obra do Espírito Santo e nos mostrar Jesus Cristo e este glorificado. Tendo isso como ponto de partida ou base tudo fica mais claro. Mas quando alguns afirmam que o Espírito Santo pode fazer qualquer coisa, esquecem-se que Ele não pode anular a si mesmo ou o que inspirou, como se Ele pudesse atropelar a Palavra a todo momento.
  • Acredito que esses comportamentos continuarão até que os bons abram suas bocas e proclamem a verdade.
A igreja, em toda sua história, nunca se omitiu em denunciar os erros que apareceram em seu meio. Já no início do cristianismo pós apostólico apareceu Montano (150-172) com seus pensamentos. Montano fundou um movimento fanático que vivia de revelações proféticas sem fundamentação bíblica, não havia uma exegese e interpretação sólida. Acompanhavam-lhe duas profetizas chamadas Priscila (ou Prisca) e Maximila que afirmavam que o Espírito Santo falava através delas. Fez forte oposição às lideranças eclesiásticas dentre outros ensinos. A igreja reagiu contra e o declarou herege. Enquanto aqueles que possuem o poder de mídia, as denominações históricas não vierem a público e os centros acadêmicos não se pronunciarem, essas coisas proliferaram como erva daninha em nosso meio.
  • Grandes Igrejas que deveriam ser baluartes da verdade sucumbiram diante do irracional.
Esperava-se que grandes igrejas e movimentos fossem os detentores e guardiães da Palavra. Esperava-se que os tais cumprissem aquilo que o apóstolo Judas nos encorajou a fazer em sua carta ver. 03 "Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos". Mas presenciamos exatamente o contrário. Aquilo que aparentemente é grande nos reservou e nos brindou com péssimos exemplos de anti-espiritualidade e fé. Por praticarem essas bizarrices incentivou um número enorme de congregações menores a fazerem o mesmo. Deveriam ter sido os primeiros a dizerem não a essas inovações gospel e denunciarem o erro que avilta o Evangelho, a igreja e traz descrédito à obra de Deus. Mas adotaram o complexo de avestruz enfiando suas cabeças em seus guetos religiosos e deixando o resto da carcaça para ser achincalhada pela sociedade que cada vez mais não encontra motivos para acreditar na igreja. Porque são grandes possuem maior visibilidade e por isso chamam mais atenção. A sociedade nunca lembrará das igrejas menores que ainda se mantêm fieis ao seus chamados e ao Evangelho. Embora os gigantes esborem-se ainda restam 7000 que não dobraram seus joelhos a Baal.
  • Acredito que o peso de levar o estandarte de Cristo nestes dias será mais pesado.
Acredito que a igreja terá de fazer um sobre esforço para resgatar sua credibilidade diante do noticiado. Acredito que a fé reformada será o sustentáculo da igreja nas próximas décadas como tem sido ao longo do tempo. Acredito que vale a pena sermos cristãos fieis nestes dias, pois, o juizo começa pela casa de Deus. Acredito que nosso Deus levantará um remanescente fiel que honrará seu nome em meio as crises que a igreja viverá.
  • Acredito que o foco será distorcido por alguns ao dizerem que a Universal e seu líder não possuem credenciais para denunciar nada.
Dirão que porque a Igreja Universal estar perdendo membros ou influência a reportagem foi premeditada. Fora os motivos que levaram à reportagem e posso imaginar que sejam muitos e diversificados como briga por audiência, atacar os desafetos de midiáticos para ganhar ibope etc., o fato continua. Como denominação, como manifestação de uma fé sadia ou autoridade espiritual não vejo a Universal apta para nada, mas o fato continua. O que fazer com esses modismos atuais?
  • Alguém precisava ter falado sobre essas coisas. Alguém falou.

Soli Deo Gloria

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO

 

Espiritualidade é a experiência humana do sagrado, transcendente, divino. Religião é a maneira como o ser humano organiza e vivencia sua experiência de transcendência. Espiritualidade é uma experiência humana universal. Religião é uma experiência humana condicionada a dogmas, ritos, códigos morais e grupos de pessoas que acreditam nas mesmas coisas e celebram sua espiritualidade da mesma maneira. As religiões mais conhecidas no mundo são Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo e Budismo. A espiritualidade é o que os seres humanos têm em comum. Por exemplo, tanto o Dalai Lama quanto o Papa Bento XVI embora adotem religiões diferentes, um é budista, o outro é cristão, têm em comum a espiritualidade. Em termos simples, assim como o ser humano tem corporeidade (relação com o corpo) e racionalidade (relação com a mente), também tem espiritualidade (relação com as realidades espirituais). Religião é maneira como cada ser humano desenvolve e pratica sua espiritualidade. Espiritualidade tem a ver com os atributos do espírito humano: razão, emoção, volição, consciência e auto-consciência. Religião está relacionada ao mundo dos espíritos, supra humanos ou sobrenaturais. Espiritualidade é aquilo referente às virtudes do espírito: amor, compaixão, solidariedade, generosidade, perdão e justiça. Religião trata mais das regulações morais, objetivas: pode, não pode, em detrimento das virtudes subjetivas. Dentro de cada religião existe um número variado de maneiras de vivenciar a espiritualidade. Por exemplo, no Cristianismo a espiritualidade pode ser vivida de uma forma Católica Romana e outra Protestante, e mesmo dentro do catolicismo e do protestantismo, existem ramificações variadas: uma coisa é a Canção Nova, outra as Ciomunidades Eclesiais de Base, um é o catolicismo carismático, outro o catolicismo da teologia da libertação. No protestantismo também, um é o cristianismo de Santo Agostinho, Tomás de Aquino e dos célebres reformadores Martinho Lutero e João Calvino, outro o cristianismo do pentecostalismo e do neo-pentecostalismo. Observe também a variedade do judaísmo. Há o judaísmo ortodoxo rabínico, com seu foco na tradição da Torah, do Tanakh e do Talmud, e o judaísmo hassídico, com sua ênfase na mística, além da versão cabalista e das diferenciações resultantes da territorialidade: os sefardistas, da Península Ibérica, e os asquenazes, da Europa Central e Oriental. O mesmo acontece com o Islamismo, com seus ramos sunita, hegemônico e mais tradicional, os xiitas, a minoria radical considerada dissidente, e a versão mística do sufismo, que alguns muçulmanos nem mesmo consideram identificada como Islã. O budismo possui também sua variedade, considerando aspectos doutrinais e populares e suas principais versões: indiana e tibetana. Embora seja considerada uma filosofia não teísta, que o teólogo alemão Karl Barth considerava “uma religião sem Deus”, o chamado budismo popular possui características mágicas de culto a divindades diversas. Assim como o Hinduísmo, que não tem um sistema unificado de crenças codificado numa declaração de fé ou um credo, e engloba a pluralidade de fenômenos religiosos relacionados às tradições vêdicas. O Hinduísmo costuma ser definido com mais frequência como uma tradição religiosa, a mais antiga e a mais diversa das religiões mundiais. As generalizações religiosas servem como categorias sociológicas e ajudam a compreender as diferentes tradições, mas dizem muito pouco a respeito da espiritualidade de seus praticantes. Categorias religiosas não são suficientes para conter a grande diversidade das relações humanas com o sagrado e o divino. Dizer qual é a sua religião sugere alguma coisa, mas não diz muito a respeito de sua espiritualidade. É mais fácil encontrar uma pessoa religiosa, do que um espírito livre e capaz de amar.

Por Ed.René Kivits.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O HOMEM É SEMENTE...

GOSTEI MUITO DESSE TEXTO DO CAIO, LEÊM!


Ninguém foi mais claro e simples do que Jesus quanto a definir as conseqüências que advém de todas as expressões do homem no mundo.

Cada um será julgado pelo que foi. Sim, antes de tudo cada um de nós será julgado pelo que é..., muito mais do que em razão do que se faça.

Esta é a razão pela qual muitos que não fizeram nada de errado serão julgados negativamente, não em razão do que fizeram, mas sim de quem foram, puderam e tiveram..., e, portanto, pelo que podendo..., deixaram de fazer de bom.

Na Parábola das Ovelhas e Cabritos [Mt 25] Jesus nos ensina que a omissão é homicida e atraidora de grave juízo de Deus.

Não é preciso que se faça algo errado... Basta que não se faça nada... e tudo já está errado... Sim, pois até o não fazer, o se omitir, indica quem somos...

Na realidade o que o Evangelho ensina é que não é possível existir sem semear sementes de vida ou morte...

Somos semeadores sempre...

Nosso existir semeia sementes o tempo todo, seja por palavras, pensamentos, sentimentos, atitudes, juízos, ações ou omissões.

Não é possível existir sem semear!

Existir é semear...

Por isto não existe uma existência neutra, como se fosse uma Suíça existencial. Quem existe, semeia...

É por isto que somos advertidos que seremos sempre conhecidos pelo fruto de nossa vida, pois, eu semeio o que tenho no coração.

Mangueiras não dão semente de Fruta-Pão ou produzem flor de cactos.

Foi por esta razão que Jesus foi tão insistente no fato que pelos frutos se conhece o homem, assim como pelos frutos se conhece a árvore.

E mais:

Ele nos deu a mais simples forma de discernir a verdade da vida apenas vendo o fruto da vida.

“Podem ser colhidos figos em espinheiros ou uvas em abrolhos?”

O irmão de Jesus, Tiago, pergunta:

“Pode acaso a mesma fonte jorrar o que é doce e o que é amargo?” — seguindo a mesma lógica da vida ensinada por Jesus.

Paulo nos diz que tratar com descaso tal fato do existir é zombar de Deus, é achar que tal Princípio terá na pessoa que brinca com a vida a sua exceção...

“De Deus não se zomba: pois aquilo que o homem semear isso também ceifará”.

Ou seja:

Quem pensa que pode driblar tal Princípio da Vida, que diz que todo existir produz fruto — bom ou mal; e cada um com suas conseqüências, boas ou más — está brincando com Deus, ou em franco e explicito processo de zombaria de Deus como Criador de todos os Princípios da Vida.

Semear intriga e se queixar de receber ódio é zombaria...

Semear desconfiança e não aceitar colher suspeição ou distancia é brincar com Deus.

Semear corrupção, ou inveja, ou maldade e injustiça, e pretender não colher o desprezo que a maioria dá ao invejoso, o ódio que quase todo homem devolve à maldade e à injustiça recebidos, e ainda perguntar a Deus “por que” e se vitimar diante dos homens como um inocente... — é abominável diante de Deus.

O homem recebe espiritualmente da vida o que espiritualmente semeia na vida; assim como se ele plantar uma semente de uma qualidade e natureza específicas em seu pomar, colherá o fruto que corresponde à semente que ele plantou.

E mais:

Tem-se que saber que Deus perdoa as falsas semeaduras de nossa existência, ou as más sementes lançadas pelo nosso existir, ou mesmo os equívocos de nossas ações, mas, mesmo assim, não nos isenta conhecermos as conseqüências de nossa semeadura existencial e comportamental.

O “malfeitor perdoado” ao lado de Jesus na Cruz foi para o Paraíso, mas colheu todas as conseqüências que sua semeadura humana produziu no mundo.

Aliás, a primeira luz que nele brilhou como ação da Graça de Deus em sua consciência foi compreender que aquilo que o homem semeia ele mesmo ceifa — posto que dissesse: “... nós estamos recebendo o pagamento justo que os nossos atos merecem”.      

Você anda por aí cheio de raiva, de cobiça, de amargura, de antipatia, de luxuria, de inveja, de maquinação, de ocultação, de omissão, de manipulação, de mentira, de infidelidade, de ciúmes, de intrigas, de mesquinharia, de intransigência, de desamor, e, depois, espera o quê?

Espera ser amado, querido, respeitado, tratado com dignidade, abraçado com sinceridade?

Sim, espera ficar amigo de Deus, dos anjos e dos homens bons?

Já vivi o suficiente para saber que tudo tem as suas conseqüências.

Sim, podemos até prová-las [as conseqüências] de modo já perdoado, como aconteceu com Davi, mas, mesmo assim, estaremos perdoadamente tendo que viver com as conseqüências do que plantamos.

É também por esta razão que a Sabedoria diz:

“Alegra-te jovem na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias de tua mocidade; anda pelos caminhos e satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos... Sabe, porém, que de todas essas coisas Deus te pedirá conta”.

Ao assim dizer a sabedoria ensina que o homem tem que escolher sempre, e que até as escolhas da juventude mais tenra têm suas conseqüências.

Daí a Sabedoria mandar viver até mesmo nos anos da “irresponsabilidade” — quando “love, then, is something easy to play” — com alegria consciente, pois, mesmo na alegria tola se está semeando algo sempre, e que sempre voltará para nós, não porque Deus o traga, mas apenas porque o semeador e a semente sempre se encontram na vida, posto que na existência o semeador e a semente sempre tenham a mesma natureza e qualidade de ser e existir.

Assim, é preciso realmente saber que tudo o que dizemos, fazemos, pensamos e imaginamos, nós irradiamos...

Sim, até quando nos omitimos e cruzamos os braços...

Outra coisa a se saber é que assim como semeamos em outros, também em nós outros semeiam.

Na realidade existe a semente em mim, no mínimo ambivalente; todavia, com tendência natural a tornar-se apenas mato ou espinheiro.

Entretanto, além disso, outros também semeiam em meu ser desde sempre. São heranças culturais, são influencias na infância, são amizades na adolescência, são traumas familiares, são impressões deixadas por pessoas que passam pela nossa vida..., além das sementes invisíveis das forças e poderes do ambiente espiritual que nos cerca. 

No entanto, não se deve culpar os que semearam coisas ruins em nós, pois, culpá-los não salva a ninguém, muito pelo contrário; visto que na maioria das vezes os que assim fazem transferem para outros a responsabilidade..., jamais se curam em relação ao que neles foi semeado como mal.

Eu sou o responsável pelo que semeio e por não deixar que o que foi semeado de ruim em mim... se torne a minha própria semente na vida!

Afinal, é assim que é; pois, tribulação, dor, corrupção e morte vêm sobre a alma de todo homem que semeia o mal; assim como glória, honra, incorruptibilidade e vida eterna brotam como fruto normal na vida de todo homem que busca e faz o que é bom.

Duvidar disso e não atentar para tal realidade imbatível da existência, é como enforcar-se para dormir, esperando acordar um pouco mais descansado...



Nele, em Quem aprendo que aquilo que se semeia, se colhe, mesmo que o perdão nos tenha sido concedido pelo Pai.

CAIO FÁBIO


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DECISÕES QUE NÃO PODEM SER ADIADAS






Nós somos o resultado de nossas decisões.
Planejamentos, sonhos e ideais valem muito, mas o que decidimos é que determina nosso futuro.
Muitas vezes somos capazes de realizar grandes proezas, noutras ocasiões hesitamos em tomar uma pequena decisão.
Um jovem foi a Jesus e ouviu do Mestre a proposta que o faria feliz nesta vida e na eternidade.
O jovem, conhecido como “mancebo rico” não foi capaz de decidir e perdeu-se para sempre.
Ele procurou a Pessoa certa, no momento certo, fez a pergunta certa e ouviu a resposta certa, mas tomou a decisão errada.
Você é capaz de recordar a última vez em que deixou de tomar uma importante e acertada decisão?
Menciono, a seguir, algumas das mais acertadas decisões que toda pessoa precisa tomar nesta vida. E são, todas elas, decisões que não podem ser adiadas.
  1. A decisão de conhecer a Cristo, Fp 3.10; Oc 6.3.. O inferno estará cheio de pessoas que não se interessaram pela Pessoa de Cristo. Existem milhões para os quais jamais sobre um minuto para ria à Igreja, para ouvir um sermão, para ler a Bíblia, etc., etc. Tais pessoas costumam ser profundas conhecedoras de tudo quanto ocorre no mundo; vivem permanente atualizadas, mas ignoram Jesus. Se a pessoa conhece tudo, mas desconhece Jesus, na verdade ela nada conhece, pois Jesus é tudo.Que ninguém adie a decisão de conhecer a Jesus. “Os ímpios serão lançados no inferno, e todos os que se esquecem de Deus”, Sl 9.17
  1. A decisão de receber a Cristo, Jo 1.12. Receber a Cristo é algo individual e deve sempre ser uma decisão consciente. Enquanto Satanás usa de violência para possuir e dominar as pessoas, o Senhor Jesus declara: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir... e abrir, entrarei”. Ap 3.20. Que postura elegante a do Senhor. Ele respeita as decisões de cada um. Somente quem recebe a Cristo alcança o direito de ser filho de Deus. Não se trata apenas de receber a Cristo em sua casa, como Zaqueu (Lc 19), mas recebê-lo no coração, o lugar onde o Senhor deseja fazer morada, Jo 14.23.
  1. A decisão de amar a Cristo, Jo 14.15. Ninguém pode amar outrem por pressão. Nenhum tipo de persuasão é suficientemente capaz de injetar amor verdadeiro em qualquer coração. Amar é uma decisão racional, mas espontânea. Uma decisão totalmente livre. Mas quem decidiu conhecer a Cristo e recebê-lo no coração, intuitivamente será constrangido a amá-Lo. Nosso amor a Cristo é um fruto do Seu amor por nós. O apóstolo João escreveu\; “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro”. I Jo 4.19. Amar a Cristo nos abre a porta para a posse de exuberantes tesouros espirituais. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele”
  1. A decisão de pertencer a Cristo, I Co 1.30. A quarta decisão que aqui menciono é a de pertencer a Cristo, ou seja, firmar um compromisso com Ele. O verdadeiro Cristianismo não é um ajuntamento de pessoas que simpatizam com Cristo, senão uma comunidade de pessoas totalmente comprometidas com a Pessoa de Cristo, Sua Palavra e Sua Igreja. Pertencer a Cristo envolve manter comunhão com Ele, depender de Seus ensinamentos e obedecer Suas ordens. Pertencer a Cristo é uma decisão que nos separa dos compromissos com o mundo de concupiscência e nos leva uma senda de santificação, pois “ninguém pode servir a dois senhores”, como declarou o Mestre,  Mt 6.24; Lc 16.13.Pertencer a Cristo significa fazer parte da família de Deus. Pertencer a Cristo significa seguir a trilha de Paulo, que disse: “E a vida que agora vivo vivo-a na fé do Filho de Deus”, Gl 2.20.
  1. A decisão de seguir a Cristo, Mt 4.19. As decisões de pertencer e seguir a Cristo são decisões gêmeas. Se a Ele pertencemos, então deveremos seguir-lHe os passos. Se O seguimos, é porque pertencemos. Todos os membros da Igreja de Cristo foram por Ele chamados a seguir-Lo, Mt 4.19. Nossa decisão de seguir significa que estamos prontos para enfrentar os desafios, as tentações, as provações e as tribulações, na firme disposição de ser fiel até a morte, Ap 2.10. Não poucos têm sido aqueles que seguiram a Cristo por um certo tempo, e depois Dele se separaram. Os tais não provarão a vida eterna. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;”
  1. A decisão de servir a Cristo, Jo 12.28. Servir é um verbo de importância capital na vida dos filhos de Deus. A salvação consiste fundamentalmente em crer na morte e ressurreição de Cristo e recebê-Lo como Salvador e Senhor. A Igreja é o único lugar no mundo em que servir é simplesmente honroso e totalmente belo. Segunda a carta de Paulo aos tessalonicenses a salvação tem dois propósitos básicos na vida de cada um de nós: 1) servir o Deus vivo e verdadeiro; 2) esperar dos Céus a Jesus Cristo, II Ts 1.9,10. Muitas atividades que executamos nesta vida a ela são limitadas e não a exerceremos no Céu. Porém a Bíblia declara que no Céu serviremos a Deus eternamente. O serviço que prestamos a Deus nesta vida possui 3 dimensões: a) o serviço devocional, realizado individualmente por todos os crentes em Cristo; 2) o serviço sacerdotal, praticado por todos os intercessores que estão espalhados neste mundo e3) o serviço promocional, executado por tantos quantos estão envolvidos com o labor evangelístico e a tarefa missionária. Cada servo de Cristo receberá Dele o devido galardão por tudo que houver feito nesta vida para o Senhor e Sua Obra, Ap 22.121.
  1. A decisão de obedecer a Cristo, Rm 6.16. O apóstolo Paulo declarou que o pecado entrou no mundo pela desobediência de um homem, Adão, assim como a salvação se tornou possível a todos nós pela obediência de Cristo. “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores,
    assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.“ A obediência de Cristo não somente satisfez todos os requerimentos da justiça divina. Ela se tornou o padrão universal para todos os que decidem seguir e servir a Cristo. Para Deus obediência vale muito mais que qualquer sacrifício, I Sm 15.22. Obediência foi a grande marca dos heróis da fé, como Noé, Abraão, Moisés, etc., etc. A decisão de obedecer não pode ser adiada.
  1. Finalmente não se pode nem se deve adiar a decisão de esperar a Cristo, I Ts 1.10. A volta de Cristo é a suprema esperança da Igreja. Para ela se volta o olhar de todos os que têm sido redimidos pelo sangue do Cordeiro. Ela é o estuário para onde convergem todos os rios de sentimentos, expectativas e emoções de nossa alma. Sabemos que Ele voltará por causa dos profetas que predisseram, por causa das promessas pessoais do Senhor, por causa da palavra clara dos anjos, por causa dos sinais que acontecem diariamente no mundo e por causa do testemunho que o Espírito projeta no mais interior de nossa vida. Tomamos a decisão de entoar o nosso MARANATA, esse grito de guerra que declara a inabalável confiança da Igreja no regresso triunfal Daquele que era, que é e que hã de ser eternamente. A Ele seja a glória, pelos séculos dos séculos.
             Pr.Gesiel Gomes

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TRANSMISSÃO AO VIVO DA TV CANAÃ! CLIQUE NO LINK!
http://www.brasradios.com.br/tvsinal/index.html

COMENTÁRIO DO PR.GUEDES À ASSEMBLÉIA DE DEUS CANAÃ!

Estive em Fortaleza a convite do Pastor Jecer Goes. Temos afinidades: somos cearenses e minha família congrega com ele. As surpresas começaram no aeroporto, quando fui recebido por ninguém mais ninguém menos que o próprio pastor-presidente (título que ele rejeita, preferindo líder). Senti-me importante, como ele mesmo diz. Minha visita deu-se em meio a uma grande festa de jovens, contando com a presença do Pastor Jayro Kaillo, do Rio Grande Norte, da ex-moradora de rua e hoje cantora e pregadora Flor Deliz, do Rio de Janeiro. Senti o mover de Deus de uma forma poucas vezes vista: pessoas indo à frente para entregar suas vidas a Jesus antes de qualquer apelo. No primeiro dia foram 34, no segundo 45, no último 50. Na ceia, realizada no último domingo, aconteceu o mesmo, quando um homem disse não aguentar mais a voz dentro dele dizendo: “Vá à frente e receba Jesus”. Após ele foram outras 49 e isso tudo ainda antes da Palavra.

Fundada em dezembro de 1999, portanto, com apenas 11 anos de existência, a Assembleia de Deus Canaã, conta hoje com cerca de 140 congregações, um seminário teológico, um santuário para 12.000 lugares, uma rádio, duas fazendas (uma delas com 852 hectares), um grande hospital evangélico em construção e a mais recente conquista: um canal aberto de TV para todo o Estado e com capacidade de expansão para todo o Nordeste brasileiro. Essa TV terá em breve um sinal para 5 milhões de parabólicas, atingindo as Américas do Sul e Central. Para se ter uma ideia da grandeza desse trabalho, o site da TV recém adquirida tinha registrado, durante seus cinco anos de existência, apenas 6.500 acessos. Somente durante a entrevista dos pastores Jecer e Davi Goes, que durou cerca de uma hora, o site congestionou e teve cerca de 41.500 novos acessos.

Estive pensando qual seria o segredo do crescimento dessa igreja e entendi que estamos diante de um mover do Espírito por conta da descomplicação do Evangelho, da desburocratização do relacionamento líder-membros e da transparência na relação igreja-dinheiro-obra.

Descomplicando o Evangelho.

Embora preparado espiritual, teológica e culturalmente para pregar belíssimos sermões, o líder da Canaã não se deixa levar pela vaidade dos grandes nomes evangélicos ou pela pompa dos tele-evangelistas. Traduz a mensagem de Cristo de forma simples, de modo que todos a compreendam e a aceitem. Comparo sua voz a de um arauto, como João Batista, que pregava no deserto, e todos iam ter com ele para ver quem era aquele pregador e que nova mensagem seria aquela. Por conta disso, a capital do Ceará está sendo sacudida por um movimento do Espírito que não tem pressa para terminar, ou seja, está apenas começando e ainda tem muito para crescer e confundir. De todos os cantos do Brasil, pastores, cantores e crentes de um modo geral visitam Fortaleza para conhecer essa obra e ficam admirados com os resultados obtidos em tão pouco tempo e de modo tão simples.

A relação líder-membros.

Pastor Jecer é homem culto, mas simples em suas relações. Dinâmico e possuidor de um carisma em extinção trata todos indistintamente, chamando-os de filhos, enquanto os abraça, beija e cheira. É comum vê-lo no meio do povo, abraçando e deixando-se abraçar por jovens e velhos, chorando com os que choram e resolvendo os problemas mais difíceis de seus filhos na fé. Em suas pregações mistura conceitos teológicos, psicológicos e sociológicos profundos com uma linguagem simples, do povo. Suas expressões, próprias da terra cearense são comuns em seus sermões, cativando sua comunidade e arrancando risos, quando brinca, e lágrimas, quando fala das grandezas de Deus.  

Transparência na relação igreja-dinheiro-obra.

O fundador do Ministério Canaã faz questão de viver pela fé. Mora em uma casa simples nos arredores do grande santuário e não aceita receber dinheiro da igreja. É contrário e denuncia os pastores que ganham altos salários, vivem encastelados em confortáveis gabinetes de luxo, andando em carrões (muitas vezes blindados) e morando em mansões, enquanto o povo que dizima e oferta vive em pobreza e necessidades. Alguém poderia perguntar: "Como vive o Pastor dessa igreja?" Os membros cuidam dele e de sua família, pagando sua faculdade de psicologia, suas compras, seus sapatos e roupas – eu mesmo presenciei por diversas vezes o pastor fazendo “vaquinha” entre os irmãos para rachar as despesas nos restaurantes.

Em nome da moralidade e restauração do Evangelho puro e simples nas igrejas, Pastor Jecer tem rejeitado títulos e reconhecimentos públicos de seu trabalho para o Senhor. Os políticos, por exemplo, não tomam lugar e nem fazem uso do púlpito, mas assentam-se juntamente com os demais. Por isso tem sido perseguido e ameaçado. Não concorda em dar cachês a cantores famosos e investe todo o dinheiro dos dízimos e das ofertas na construção dos templos, hospital, rádio e TV. Medindo cerca de um metro e sessenta e cinco de altura, esse grande homem de Deus, tem uma visão integral do Reino, projetando a criação de um casa de  reabilitação para ex-drogados (na fazenda) e ainda pretende criar um centro educacional totalmente evangélico.

Participei do último batismo, realizado na piscina da Fazenda Canaã. Neste ano o número de batizados chegou a cerca de 3.000 novos membros. Sua meta para este ano é de 6.000 crentes batizados. No início do ano realiza 12 cultos (um para cada mês do ano) e durantes esses cultos que iniciam as atividades anuais declarou que a meta de sua igreja em 2011 é: “Cinco anos em um”! Deus o está honrando!


Cerca de 900 novos crentes foram batizados na piscina da Fazenda Canaã

Não posso negar que fiquei apaixonado pelo modo como Deus está conduzindo essa igreja. Ouvi o testemunho de diversos visitantes, pastores e cantores, entre eles, o Pastor e cantor Vitorino Silva, que disse sobre sua impressão do culto na Canaã: “O Evangelho é simples. Nós é que complicamos...”. Vi no Ministério Canaã um fio de esperança para um avivamento que possa se estender sobre toda a nossa nação.

Quero deixar duas perguntas. Por que igrejas bem mais antigas, tradicionais e históricas não conseguem ir além de alguns poucos templos e um programa em rádio pirata? Será que não está na hora de olharmos para esse modelo de igreja implantado na capital cearense e mudarmos algumas coisas em nossas igrejas evangélicas?

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ARTIGO EXTRAIDO DO BLOG DO PR.CIRO


Há quase 20 anos, fui convidado pela primeira vez para participar de uma agência nacional de pregadores. Um companheiro de púlpito me ofereceu um cartão e disse: “Seria um prazer tê-lo em nossa agência”. Então, lhe perguntei: “Como funciona essa agência?” E a sua resposta me deixou estarrecido: “As igrejas ligam para nós, especificam que tipo de pregador desejam ter em seu evento, e nós cuidamos de tudo. Negociamos um bom cachê”.

É impressionante como o pregador, nos últimos anos, se transformou em um produto. Há alguns meses, depois de eu ter pregado em uma igreja (não me pergunte onde), certo pastor me disse: “Gostei da sua pregação, mas o irmão conhece algum pregador de vigília?” Achei curiosa essa pergunta, pois eu gosto de oração, já preguei várias vezes em vigílias, porém, segundo aquele irmão sugeriu, eu não serviria para pregar em uma vigília!

Em nossos dias — para tristeza do Espírito Santo — pertencer a uma agência de pregadores tornou-se comum e corriqueiro. E os convites para ingressar nessas agências chegam principalmente pela Internet. Nos sites de relacionamento encontramos comunidades pelas quais os internautas mencionam quem é o seu pregador preferido e por quê. Certa jovem, num tópico denominado “O melhor pregador”, declarou: “Não existe ninguém melhor que ninguém; cada um tem a sua maneira de pregar, e cada pessoa avalia segundo o seu gosto”.

Ela tem razão. Ser pregador, hoje em dia, não basta. Você tem de atender às preferências do povo. Já ouvi irmãos conversando e dizendo: “Fulano é um ótimo pregador, mas não é pregador de congresso” ou “Fulano tem muito conhecimento, mas não gosta do reteté”.

Conheçamos alguns tipos de pregador e seus públicos-alvo:
Pregador humorista. Diverte muito o seu público-alvo. Tem habilidade para contar fatos anedóticos (ou piadas mesmo) e fazer imitações. Ele é como o famoso humorista do gênero stand-up comedy Chris Rock (que aparece na imagem acima). De vez em quando cita versículos. Mas os seus admiradores não estão interessados em ouvir citações bíblicas. Isso, para eles, é secundário.
Pregador “de vigília”
. Também é conhecido como pregador do reteté. Aparenta ter muita espiritualidade, mas em geral não gosta da Bíblia, principalmente por causa de 1 Coríntios 14, especialmente os versículos 37 e 40: “Se alguém cuida ser espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor... faça-se tudo decentemente e com ordem”. Quando ele vê alguém manejando bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), considera-o frio e sem unção. Ignora que o expoente que agrada a Deus precisa crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18; Jo 1.14; Mt 22.29). Seu público parece embriagado e é capaz de fazer tudo o que ele mandar.

Pregador
“de congresso”. Entre aspas porque existe o pregador de congresso que faz jus ao título. Mas o pregador “de congresso” (note: entre aspas) anda de mãos dadas com o pregador “de vigília”
, mas é mais famoso. Segundo os admiradores dessa modalidade, trata-se do pregador que tem presença de palco e muita “unção”. Também conhecido como pregador malabarista ou animador de auditórios, fica o tempo todo mandando o seu público repetir isso e aquilo, apertar a mão do irmão ao lado, beliscá-lo... Se for preciso, gira o paletó sobre a cabeça, joga-o no chão, esgoela-se, sopra o microfone, emite sons de metralhadora, faz gestos que lembram golpes de artes marciais... Exposição bíblica que é bom... quase nada!

Pregador
“de congresso”
agressivo. É aquele que tem as mesmas características do pregador acima, mas com uma “qualidade” a mais. Quando percebe que há no púlpito alguém que não repete os seus bordões, passa a atacá-lo indiretamente. Suas principais provocações são: “Tem obreiro com cara de delegado”, “Hoje a sua máscara vai cair, fariseu”, “Você tem cara amarrada, mas você é minoria”. Estas frases levam o seu fanático público ao delírio, e ele se satisfaz em humilhar as pessoas que não concordam com a sua postura espalhafatosa.

Pregador popstar. Seu pregador-modelo é o show-man Benny Hinn, e não o Senhor Jesus. É um tipo de pregador admirado por milhares de pessoas. Já superou o pregador de congresso. É um verdadeiro artista. Veste-se como um astro; sua roupa é reluzente. Ele, em si, chama mais a atenção que a sua pregação. É hábil em fazer o seu público a abrir a carteira. Seus admiradores, verdadeiros fãs, são capazes de dar a vida pelo seu pregador-ídolo. Eles não se importam com as heresias e modismos dele. Trata-se de um público que supervaloriza o carisma, em detrimento do caráter.

Pregador milagreiro. Também tem como paradigma Benny Hinn, mas consegue superar o seu ídolo. Sua exegese é sofrível. Baseia-se, por exemplo, em 1 Coríntios 1.25, para pregar sobre
“a unção da loucura de Deus”.
Cativa e domina o seu público, que, aliás, não está interessado em ouvir uma exposição bíblica. O que mais deseja é ver sinais, como pessoas lançadas ao chão supostamente pelo poder de Deus e fenômenos controversos. Em geral, o pregador milagreiro, além de ilusionista e “poderoso” (Dt 13.1-4), é aético e sem educação. Mesmo assim, ainda que xingue ou ameace os que se opõem às suas sandices e invencionices, o seu público é fiel e sempre diz “aleluia”.

Pregador contador de histórias. Conta histórias como ninguém, mas não respeita as narrativas bíblicas, acrescentando-lhes pormenores que comprometem a sã doutrina. Costuma contextualizar o texto sagrado ao extremo. Ouvi certa vez um famoso pregador dizendo: “Absalão, com os seus longos cabelos, montou na sua motoca e vruuum...” Seu público — diferentemente dos bereanos, que examinavam “cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17.11) — recebe de bom grado histórias extrabíblicas e antibíblicas.

Pregador cantante. Indeciso quanto à sua chamada. Costuma cantar dois ou três hinos (hinos?) antes da pregação e outro no meio dela. Ao final, canta mais um. Seu público gosta dessa
“versatilidade”
e comemora: “Esse irmão é uma bênção! Prega e canta”. Na verdade, ele não faz nenhuma das duas coisas bem.

Pregador
“massagista”. É hábil em dizer palavras que massageiam os egos e agradam os ouvidos (2 Tm 4.1-5). Procura agradar a todos porque a sua principal motivação é o dinheiro. Ele não tem outra mensagem, a não ser “vitória”
, principalmente a financeira. Talvez seja o tipo de pregador com maior público, ao lado dos pregadores humorista, popstar e milagreiro.

Pregador sem graça. É aquele que não tem a graça de Deus (At 4.33). Sua pregação tem bastante conteúdo, mas é como uma espada: comprida e chata (maçante, enfadonha). Mas até esse tipo de pregador tem o seu público, formado pelos irmãos que gostam de dormir ou conversar durante a pregação.

Pregador chamado por Deus (1 Tm 2.7). Prega a Palavra de Deus com verdade. Estuda a Bíblia diariamente. Ora. Jejua. É verdadeiramente espiritual. Tem compromisso com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus. Seu paradigma é o Senhor Jesus Cristo, o maior pregador que já andou na terra. Ele não prega para agradar ou agredir pessoas, e sim para cumprir o seu chamado.
Seu público que não é a maioria, posto que são poucos os fiéis (Sl 12.1; 101.6) sabe que ele é
um profeta de Deus. Esse tipo de pregador está em falta em nossos dias, mas não chama muito a atenção das agências de pregadores. A bem da verdade, estas também sabem que nunca poderão contar com ele...

Qual é a sua modalidade preferida, prezado leitor? Você pertence a qual público? E você, pregador, qual dos perfis apresentados mais lhe agrada?

Ciro Sanches Zibordi

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Os Cristianismo está doente?

                        (Mt.24.12)’’e por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos esfriarão’’.


Queridos, estou cônscio de que estamos vivendo um período de esfriamento mórbido espiritual na Igreja, são escândalos, traições, desvirtuamento moral, interesses, conveniências, barganhas e tantas outras anomalias que estão sendo inseridas no caráter dos cristãos, é inevitável escondermos a nossa decepção, pois, eu particularmente faço parte de uma família de Pastores aqui no Ceará, e graças a Deus fui criado a adaptado em um sistema rígido,coerente,verdadeiro, radical e benéfico; acredito que com tantas putrefações e absurdas situações no meio evangélico, está na hora de nos unirmos e juntos realizar-mos uma reforma, uma mudança, uma destruição das incompatibilidades hora vista naqueles que se dizem ser ‘’homens de Deus’’; O Cristianismo está doente! São homens deixando de pregar o genuíno Evangelho, para pregar a genuína auto-ajuda, são homens lutando desesperadamente para subirem ao topo da fama, riqueza e prestígio, são homens se vestindo de uma máscara de espiritualidade que dura apenas à apresentação no púlpito, mas após, voltam para a realidade iníqua e desonesta do seu ser real, são homens apoiando a legalização do pecado com o interesse de receberem benefícios sociais e políticos, e tantas outras coisas que as vezes penso em desistir na caminhada, mas entendo a luz da Bíblia que tudo isso é necessário acontecer para que se manifestem os bons e espirituais.
Vamos voltar senhores Pastores à espiritualidade, e compreensão do verdadeiro Evangelho e Cristianismo formatado por Cristo, a A.Deus completa 100 anos, somos 12 milhões neste País, é a hora da virada, é a hora do avivamento, vamos esquecer o estômago e lembrar do Reino, Jesus Voltará, e o remédio para a nossa presunção e maldade é a prática evidente do que está inserido e estampado na Palavra de Deus, eu acredito numa reforma, e vou lutar por isso!


                                                                   Deus vos converta!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CELINA ALBUQUERQUE, A PRIMEIRA PESSOA BATIZADA COM O ESPÍRITO SANTO NO BRASIL.

Nasceu em Manaus, AM, a 19 de setembro de 1874, filha de José Martins Cardoso e de Cândida Rosa de Aguiar Cardoso. Casou-se aos 25 anos de idade, no dia 25 de setembro de 1899, com Henrique Albuquerque que, como seu sogro, era prático em navegação nos rios amazônicos.No Pará, converteu-se a Cristo, na Primeira Igreja Batista de Belém que, na época, era pastoreada por Almeida Sobrinho, por quem Celina foi batizada, no batistério do templo à rua João Balby, 406.Em 1910, chegaram os pioneiros do Movimento Pentecostal, que começaram a ensinar a doutrina do Espírito Santo que traziam em seus corações. Celina se interessou pelo que eles pregavam e, crendo na verdade, passou a buscar a promessa de Jesus Cristo.Com a idade de 95 anos, a fiel anciã foi chamada ao descanso eterno, a 27 de março de 1969, em Belém do Pará.
O selo do Espírito Santo veio primeiro sobre ela
Celina Albuquerque e Maria de Nazaré foram as primeiras a declarar que aceitavam a promessa registrada em Atos 2.17-18: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão sonhos vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão…” Elas se propuseram a permanecer em casa, em oração, até que Deus as batizasse com o Espírito Santo.
À uma hora da manhã do dia 8 de junho de 1911, em sua residência na rua Siqueira Mendes, 79 (atual 161), Celina Albuquerque foi a primeira pessoas, em solo brasileiro, a ser batizada com o Espírito Santo. Estava confirmada a verdade pregada pelos missionários, que anunciavam um novo batismo.
Logo ao amanhecer, a irmã Nazaré apressou-se a ir à casa de José Batista de Carvalho, na av. São Jerônimo, 224, levando consigo a boa nova de que a irmã Celina recebera a promessa conforme a Palavra de Deus. Na casa de José Batista estavam reunidas várias pessoas, entre elas Manoel Maria Rodrigues, diácono da Igreja Batista. Ele declarou mais tarde: “Foi nesse momento que ouvi falar e cri no batismo com o Espírito Santo”. Maria de Nazaré, no dia seguinte, teve a mesma experiência: era batizada com o Espírito Santo.
Imediatamente, todos os membros da igreja tiveram conhecimento do fato e algumas pessoas resolveram ir à casa de Celina, a fim de averiguarem pessoalmente o que estava acontecendo. Entre os interessados estavam os irmãos José Plácido da Costa, diácono e superintendente da Escola Dominical; Antônio Marcondes Garcia e esposa; Antônio Rodrigues e Raimundo Nobre, seminaristas.
Os dois missionários não silenciaram, continuando a pregar a Palavra de Deus. Realizavam reuniões de oração onde moravam, local agora muito visitado pelos membros da igreja. O clima naquela peque comunidade evangélica era de tensão. Formaram-se dois grupos: o daqueles que aceitavam a doutrina pregada pelos missionários e se mantinham firmes nas suas opiniões e o grupo daqueles que rejeitavam a doutrina do batismo com o Espírito Santo e não se conformavam com a presença dos missionários no sei da igreja.
Uma santa mulher; heroína da fé
Entre os cooperadores da primeira hora, na obra pentecostal no Brasil, encontram-se algumas mulheres que, como desprendimento e heroísmo, enfrentaram os maiores desafios. Elas se puseram como verdadeiras colunas, como vasos de ouro nas mãos de Deus.
Celina Albuquerque destacou-se entre elas. Sua bravura evidenciou-se em episódios como o descrito por A. P. Franklin, autor de Entre Crentes Pentecostais e Santos Abandonados na América do Sul, citado em O Diário de um Pioneiro. Reporta-se a um incidente ocorrido em 13 de novembro (de 1911), por ocasião de um batismo, quando grande multidão, armada com facas e laços, estava decidida a impedir a cerimônia. O escritor começa a informar: “Os primeiros batismos eram feitos todos em segredo, geralmente, às onze horas da noite, pois não havia nem templos nem tanques batismais”. E prossegue: “Mas um dia criaram coragem e anunciaram um batismo público a beira-rio. Isso deu tempo para que os inimigos se preparassem. Vieram então várias centenas de homens e pensavam que com violência poderiam impedir o ato sagrado. O líder veio à frente carregando uma cruz. Os poucos crentes que estavam reunidos compreenderam o perigo naquele momento e temeram que sangue fosse derramado, Vingren procurou ler a Bíblia, mas foi impedido. Procurou outra vez, mas o líder tirou o seu punhal e se preparou para lançar contra ele”.
Neste instante, a irmã Celina interveio colocando-se entre os dois, e esse gesto salvou-lhe a vida. Então veio a inesperada providência de Deus: o Senhor fez com que um outro católico, pessoa idosa e respeitável, se impusesse, a gritar: “Chega! Deixem que eles tenham a sua cerimônia”. O líder do grupo intentava concretizar a ameaça, mas sem o mesmo ímpeto foi contido pela palavra do missionário: “Eu faço somente o que Deus quer!” E mesmo sob os riscos, que continuavam, o ato se realizou. E Deus deu o livramento.
Ao ser batizada no Espírito Santo, Celina começou a despertar os irmãos no sentido de lhe seguirem o exemplo, havendo sido, por conseguinte, um marco esplendoroso.
Informações Extraídas:
As Assembléias de Deus no Brasil – Sumário Histórico Ilustrado, com texto de Juanyr de Oliveira, CPAD, 1ª edição, 1997.
História das Assembléias de Deus no Brasil, CPAD, 2ª edição, 1982.
Fotos: História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil – CPAD – 1º edição – 2004