terça-feira, 15 de maio de 2012


       

Pastor Hernandes Dias Lopes questiona crescimento da igreja evangélica e afirma: “Precisamos de um avivamento e não de histeria coletiva”

Entre os dias 7 a 11 de maio aconteceu em Águas de Lindóia, SP, o 39° Encontro da Sepal (Servindo Pastores e Líderes). O evento contou com a participação de vários preletores, entre eles Bill Hybels, pastor da megaigreja americana, Willow Creek, o tradutor da SBB e pastor Vilson Scholz, o professor e pastor Luiz Sayão, o missionário da Sepal e Diretor de Lausanne para a América Latina, Marcos Amado e o pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes, que em sua palestra denominada “O Derramamento do Espírito”, falou sobre o crescimento da igreja evangélica no Brasil, o avivamento, entre outros assuntos.

As pesquisas e estatísticas mostram um rápido crescimento da população evangélica no país, e o pastor levantou uma série de questionamentos sobre a validade e a relevância desse crescimento.
Segundo dados da pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no “Novo Mapa das Religiões”, a população evangélica cresceu em 13,13% entre 2003 e 2009, representando 20,23% da população em 2009. De acordo com a SEPAL, a projeção da população evangélica para o ano de 2011 é de 57,4 milhões e há ainda previsão de que em 2020 a população evangélica represente mais de 50% da população brasileira.

Diante desse números, Lopes questiona se os que estão crescendo, são realmente verdadeiros cristãos evangélicos, questionando não o número de cristãos declarados, mas se eles são cristãos verdadeiros. Ele aponta ainda algumas falhas na igreja evangélica brasileira como a pregação de um Evangelho “híbrido”, “sincrético”, ou seja, “um outro Evangelho”. “Eu tenho dúvida se são os evangélicos que estão crescendo”, afirma Hernandes Dias Lopes, de acordo com o The Christian Post.
“Precisamos de um avivamento e não de histeria coletiva. Tem muita histeria coletiva hoje em nome do avivamento. O avivamento não é um emocionalismo histérico, o avivamento é de Deus…”, afirmou Lopes.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

SUPOSTO PASTOR PRESO POR ESTUPRAR CRIANÇAS NA IGREJA

                                SUPOSTO PASTOR PRESO POR ESTUPRAR CRIANÇAS NA IGREJA!
   
                                                                ABSURDO!

Em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, um pastor foi preso depois de ser acusado de estuprar crianças e adolescentes que participavam da igreja onde ele pastoreava. O homem, de 28 anos, vinha sendo investigado pela polícia há aproximadamente um mês, no bairro Jardim Primavera, onde está localizada a igreja.

Conforme informações de Felipe Curi, delegado titular da 60ª Delegacia de Polícia, o pastor realizava estudos bíblicos como artifício para atrair as vítimas. As reuniões aconteciam no templo da igreja, que fica localizada no bairro Jardim Primavera. Ao chegarem lá as crianças eram conduzidas ao a um quarto que ficava ao fundo do templo, onde o crime era cometido.

O religioso agia de formas diferentes para que as crianças não revelassem os crimes, Felipe Curi revelou que o pastor pagava entre R$30 e R$70, para que elas não contassem sobre os encontros, outras ainda eram ameaçadas de morte.

terça-feira, 27 de março de 2012

A FALTA DA ÁGUA É UMA REALIDADE!!

No Dia Mundial da Água, a organização sem fins lucrativos Charity: Water (Caridade: Água), pediu aos cristãos para contribuírem e ajudarem quase 1 bilhão de pessoas no mundo que não têm acesso à água potável, desistindo da festa de seu próximo aniversário e doando o dinheiro que seria usado, proporcionando mudanças com projeto de criação de fontes de água potável nos países menos desenvolvidos, que são marcados pela pobreza extrema e sofrimento humano.

A organização já financiou mais de 6.000 projetos desde a sua criação em 2006 e forneceu água limpa e potável para 2,5 milhões de pessoas em 19 países. Estatísticas mostram que mais de 4.000 crianças morrem em todo o mundo por doenças em razão da água não potável e condições sanitárias precárias. Além disso, a água contaminada supostamente mata mais pessoas a cada ano do que as guerras.
Outra organização cristã que está trabalhando para combater a crise global da água é o Gospel For Asia (Evangelho para a Ásia). O vice-presidente diz que a organização “está demonstrando o amor de Cristo de forma tangível, fornecendo água potável para as comunidades e pessoas que precisam desesperadamente”.
A disponibilidade de água limpa é essencial para uma comunidade, especialmente em alguns dos países mais pobres da África. As doenças transmitidas pela água diminuem e as práticas corretas de higiene são cada vez mais adotadas para reduzir a propagação de doenças transmissíveis.
Água limpa e segura é também considerada um motor fundamental para o empoderamento das mulheres, que muitas vezes assumem posições de liderança pela primeira vez para supervisionar  os recursos renovados de água doce nas aldeias.
O Dia Mundial da Água, que é realizado anualmente na mesma data, em 22 de março, tem como foco a importância da água doce. O tema mundial deste ano é “Água e Segurança Alimentar”, enfatizando que a segurança alimentar depende de água limpa, seja para cultivar lavouras, lavar frutas e legumes ou usando-a para cozinhar.

quarta-feira, 14 de março de 2012

LI E GOSTEI!

EU ANELO PELA LIBERDADE
Haverá de chegar o dia, ainda aqui na terra, quando não mais me machucarei de nenhuma machucadura de palavras, ou pelo mal da língua de ninguém; nem pela opinião que conscientemente falsifica a realidade; nem pela infantilidade de adultos, nem pela amargura de jovens, nem pela ignorância dos que ainda pensam que sabem; nem me cansarei mais da ostentação dos que pensam ter se formado.

Quando esse dia chegar—e vai chegar—, não serei mais sensível a qualquer coisa que não seja o fruto de minha Consciência em Fé, conforme apenas e tão somente o convencimento do Espírito em mim, e conforme a Lei do Amor.

Nesse dia nada me abalará, nem mesmo o fim do mundo. Então, nesse dia, começarei a saber o que é Liberdade, e poderei dizer: Os meus olhos viram a bondade de Deus na terra dos viventes; pois, para tal ser, tudo é belo.

Quero que este seja o meu olhar na Graça. Afinal, eu e todos estamos perdoados.

Caio Fabio.

sexta-feira, 2 de março de 2012

INCONTESTABILIDADE DA CIÊNCIA RELACIONADO À RESSUREIÇÃO DE JESUS!

Pesquisadores descobriram, em um túmulo localizado em Jerusalém, a mais antiga referência arqueológica à ressurreição de Jesus já registrada. A descoberta foi anunciada em Nova Iorque na última terça feira pela equipe do professor James Tabor, diretor do departamento de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte.

O trabalho que levou os pesquisadores a essa conclusão foi feito em um túmulo descoberto em 1981 durante as obras de construção de um prédio no bairro de Talpiot, situado a menos de 4 km da Cidade Antiga de Jerusalém.
“Até agora me parecia impossível que tivessem aparecido túmulos desse tempo com provas confiáveis da ressurreição de Jesus ou com imagens do profeta Jonas, mas essas evidências são claras”, disse Tabor, ao explicar que as câmeras de alta tecnologia utilizadas pra explorar o túmulo encontraram uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus e a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca, que seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas.
Essa não é a primeira vez que arqueólogos estudam a tumba, mas dificuldades anteriores impediam de se fazer mais imagens e uma exploração mais detalhada do local. Uma das dificuldades encontradas pelos pesquisadores foi o fato de que os ortodoxos condenam a escavação de túmulos judaicos, o que fez com que as autoridades políticas selassem a tumba. Até então só haviam sido feitas algumas fotos do local e poucos objetos foram retirados das tumbas, entre eles o ossário de uma criança, que compõe a coleção do Estado de Israel.
De acordo com o Correio Braziliense a idade exata dos túmulos não foi definida com testes de carbono 14, mas pode-se afirmar que os mesmos são do século primeiro devido à estética funerária, típica dos anos 20 a 70. De acordo com os pesquisadores, depois desse período, com a destruição da cidade sagrada pelos romanos, os judeus deixaram de usar caixas de pedra nos funerais.
As descobertas atuais foram feitas graças a uma autorização que James Tabor e Rami Arav, professor de arqueologia na Universidade de Nebraska, conseguiram da Autoridade de Antiguidades de Israel para estudar novamente a tumba. Os estudos foram feitos entre 2009 e 2010 utilizando câmeras de alta tecnologia manipuladas por um braço robótico. O equipamento especial foi patrocinado pelo canal de televisão Discovery Channel, que vai exibir um documentário sobre as descobertas ainda neste ano.
Uma das inscrições encontradas diz, em grego antigo, “Divino Jeová, me levante, me levante” ou “Divino Jeová, me levante até o Lugar Sagrado”. Tabor explicou que “essa inscrição tem algo a ver com a ressurreição dos mortos ou é uma expressão da fé na ressurreição de Jesus”. Em um estudo publicado no site de arqueologia bíblica Bibleinterp.com o professor afirmou ainda: “Se alguém tivesse dito que encontrou uma declaração sobre a ressurreição em uma tumba judaica desse período, eu diria que era impossível”. Ele afirma que as inscrições provavelmente foram feitas “por alguns dos primeiros seguidores de Jesus”.
“Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores”, afirmou Tabor, que ara divulgar as descobertas publicou um livro intitulado The Jesus Discovery, contendo todas as conclusões de sua pesquisa.
James Tabor concluir reconhecendo que suas conclusões são “controversas” e que vão causar certo repúdio entre os “fundamentalistas religiosos”. Segundo o professor, outra reação será a dos acadêmicos, que seguirão duvidando das evidências arqueológicas da cristandade.

quinta-feira, 1 de março de 2012

INDICO À TODOS ESSE HOMEM DE DEUS PR.CIRO SANCHES ZIBORDI, APRECIO MUITO SEUS ESCRITOS!

O pastor Ciro Sanches Zibordi fez uma pregação na Assembleia de Deus do Ministério de Cordovil, na qual dividiu os religiosos cristãos no que ele chamou de “quatro grupos de crente”. O pastor disse que escolheu falar especificamente de quatro tipos de crente porque na “numerologia bíblica” o número quatro representa, segundo ele, plenitude e totalidade.

Descrevendo características específicas desses quatro grupos Ciro Sanches utilizou passagens bíblicas específicas para exemplificar cada um dos tipos por ele descrito. Listamos abaixo cada tipo descrito na pregação e a representação bíblica utilizada como referência pelo pastor:
O crente que diz que é crente
Para exemplificar esse tipo, o pastor citou Mateus 7:21-22 que afirma: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?”
O crente que parece ser crente
Citando os versículos 25 a 28 do capitulo 23 do evangelho de Mateus, Ciro Sanches falou dos crentes que apenas aparentam seguirem os ensinamentos de Cristo. No trecho bíblico Jesus exorta: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo. Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Assim são vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade”.
Aquele que pensa que é crente
Em Apocalipse 3:1 está escrito: “Ao anjo da igreja em Sardes escreva: Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto”. Esse foi o exemplo escolhido pelo pastor para ilustrar os que, de acordo com a lógica de seu sermão, apenas pensam serem crentes.
Aquele que é de fato
Para exemplificar aqueles que, seguindo a lógica da pregação, são reconhecidos por Deus como crentes verdadeiros, o pastor citou Apocalipse 3:8 que diz: “Conheço as suas obras. Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar. Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome”.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O MEIO EVANGÉLICO DE LUTO PELA PERDA DO HOMEM DE DEUS ROBINSON CAVALCANTI!

O reverendo Robinson Cavalcanti e sua esposa Mirian Nunes Machado Cotias Cavalcanti, foram assassinados a facadas no último Domingo, 26/02. Segundo informações colhidas pela polícia, o principal suspeito é o filho adotivo do casal, que era dependente de drogas e estava na cidade de Olinda há aproximadamente quinze dias. 
Conhecido nacionalmente, Edward Robinson de Barros Cavalcanti, 68, era um dos mais proeminentes líderes da Igreja Anglicana no Brasil. O filho adotivo, Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, 29, morava na Flórida, nos Estados Unidos, onde teve passagens na cadeia por posse de drogas.
Segundo o delegado responsável pelo caso, testemunhas afirmaram terem visto o acusado do crime amolando uma faca no quintal da residência do reverendo, antes de cometer os crimes: “Ele morava na Flórida e estava na cidade de passagem. Ontem [domingo], ele foi até à igreja onde o pai trabalhava. Depois, foi para casa e testemunhas o ouviram amolando a faca no jardim. Ele era usuário de drogas e já tinha sido preso por isso. Acredito que antes do crime houve discussão com os pais, mas os motivos ainda serão investigados”, relatou Josedith Ferreira à reportagem do G1.
Eduardo tentou o suicídio tomando veneno e desferindo facadas contra si mesmo, porém foi socorrido e não corre risco de morte. Ele permanece internado no Hospital da Restauração, sob escolta de policiais. Após a alta, será levado para o Centro de Triagem de Abreu e Lima, na Grande Recife, onde a polícia tomará seu depoimento para esclarecer os motivos do crime.
Em seu último texto publicado horas antes de sua morte no site Pavablog, onde Robinson Cavalcanti tinha um espaço semanal, o reverendo falou sobre fatos históricos ligados ao estabelecimento do protestantismo no Brasil. O velório do casal foi marcado para esta Terça-Feira, na Paróquia Emanuel, na Praça Dantas Barreto, em Olinda.
A Diocese de Recife da Igreja Anglicana divulgou nota de pesar pelo falecimento do reverendo Robinson Cavalcanti. Confira abaixo:
É com grande pesar que a Igreja Anglicana – Diocese do Recife, comunica o trágico falecimento do Reverendíssimo Bispo Diocesano, Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti, e de sua esposa Miriam Cavalcanti, ocorrido neste domingo 26/02/2012 por volta das 22h na cidade de Olinda-PE.
A família diocesana agradece a Deus pela vida e devotado ministério do seu Pai em Deus, pastor, mestre e amigo, um verdadeiro profeta e mártir do nosso tempo, que lutou pela causa do evangelho de Cristo, por Sua igreja, bem como pela Comunhão Anglicana, e que contou sempre com sua esposa que, como fiel ajudadora, o apoiou em todos os anos de seu ministério.
Partiu para a Eternidade deixando um legado de serviço, amor e firmeza doutrinária, pelos quais essa Diocese continuará.
Oportunamente estaremos divulgando dia, horário e local do seu sepultamento.
Revmº Bispo Evilásio Tenório – Bispo Sufragâneo Eleito
Revmº Bispo Flávio Adair – Bispo Sufragâneo Eleito
Rev. Márcio Simões – Presidente do Conselho Diocesano

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

APOSTASIA OU AUSÊNCIA DE MATURIDADE ESPIRITUAL?


Ricardo Gondim
Não perdi o juízo. Minha espiritualidade não foi a pique. Minhas muitas tarefas não me esgotaram. Entretanto, não cessam os rótulos e os diagnósticos sobre minha saúde espiritual. Escrevo, mas parece que as minhas palavras chegam a ouvidos displicentes. Para alguns pareço vago, para outros, fragmentado e inconsistente nas colocações (talvez seja mesmo). Várias pessoas avisam que intercedem a Deus para que Ele me acuda.
Minha peregrinação cristã está, há muito,  marcada por rompimentos. O primeiro, rachei com a Igreja Católica, onde nasci, fui batizado e fiz a Primeira Comunhão. Em premonitórias inquietações não aceitava dogmas. Pedi explicações a um padre sobre certas práticas que não faziam muito sentido para mim. O sacerdote simplesmente deu as costas, mas antes advertiu: “Meu filho, afaste-se dos protestantes, eles são um problema!”.
Depois de ler a Bíblia, decidi sair do catolicismo; um escândalo para uma família que se orgulhava de ter padres e freiras na árvore genealógica –  e nenhum “crente”. Aportei na Igreja Presbiteriana Central de Fortaleza.  Meus únicos amigos crentes vinham dessa denominação. Enfronhei em muitas atividades. Membro ativo, freqüentei a escola dominical, trabalhei com outros jovens na impressão de boletins, organizei retiros e acampamentos. No cúmulo da vontade de servir, tentei até cantar no coral – um desastre. Liderei a União de Mocidade. Enfim, fiz tudo o que pude dentro daquela estrutura. Fui calvinista.  Acreditei por muito tempo que Deus, ao criar todas as coisas, ordenou que o universo inteiro se movesse de acordo com sua presciência e soberania. Aceitei tacitamente que certas pessoas vão para o céu e para o inferno devido a uma eleição. Essa doutrina fazia sentido para mim até porque eu me via um dos eleitos. Eu estava numa situação bem confortável. E podia descansar: a salvação da minha alma estava desde sempre garantida. Mesmo que caísse na gandaia, no último dia, de um jeito ou de outro, a graça me resgataria. O propósito de Deus para minha vida nunca seria frustrado, me garantiram.
Em determinada noite, fui a um culto pentecostal. O Espírito Santo me visitou com ternura. Em êxtase, imerso no amor de Deus, falei em línguas estranhas – um escândalo na comunidade reverente e bem comportada. Sob o impacto daquele batismo, fui intimado a comparecer à versão moderna da Inquisição. Numa minúscula sala, pastores e presbíteros exigiram que eu negasse a experiência sob pena de ser estigmatizado como reles pentecostal. Ameaçaram. Eu sofreria o primeiro processo de expulsão, excomunhão, daquela igreja desde que se estabelecera no século XIX. Ainda adolescente e debaixo do escrutínio opressivo de uma gerontocracia inclemente, ouvi o xeque mate: “Peça para sair, evite o trauma de um julgamento sumário. Poupe-nos de sermos transformados em carrascos”. Às duas da madrugada, capitulei. Solicitei, por carta, a saída. A partir daquele momento, deixei de ser presbiteriano.
De novo estava no exílio. Meu melhor amigo, presidente da Aliança Bíblica Universitária, pertencia a Assembleia de Deus e para lá fui. Era mais um êxodo em busca de abrigo. Eu só queria uma comunidade onde pudesse viver a fé. Cedo vi que a Assembleia de Deus estava engessada. Sobravam legalismo, politicagem interna e ânsia de poder temporal. Não custou e notei a instituição acorrentada por uma tradição farisaica. Pior, iludia-se com sua grandeza numérica. Já pastor da Betesda eu me tornava, de novo, um estorvo. Os processos que mantinham o povo preso ao espírito de boiada me agrediam. Enquanto denunciava o anacronismo assembleiano eu me indispunha. A estrutura amordaçava e eu me via inibido em meu senso crítico. A geração de pastores que ascendia se contentava em ficar quieta. Balançava a cabeça em aprovação aos desmandos dos encastelados no poder. Mais uma vez, eu me encontrava numa sinuca. De novo,  precisei romper. Eu estava de saída da maior denominação pentecostal do Brasil. Mas, pela primeira vez, eu me sentia protegido. A querida Betesda me acompanhou.
Agora sinto necessidade de distanciar-me do Movimento Evangélico. Não tenho medo. Depois de tantas rupturas mantenho o coração sóbrio. As decepções não foram suficientes para azedar a minha alma, sequer fortes para roubar a minha fé. “Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso”.
Estou crescentemente empolgado com as verdades bíblicas que revelam Jesus de Nazaré. Aumenta a minha vontade de caminhar ao lado de gente humana que ama o próximo. Sinto-me estranhamente atraído à beleza da vida. Não cesso de procurar mentores. Estou aberto a amigos que me inspirem a alma.
Então por que uma ruptura radical? Meus movimentos visam preservar a minha alma da intolerância.  Saio para não tornar-me um casmurro rabugento. Não desejo acabar um crítico que nunca celebra e jamais se encaixa onde a vida pulsa. Não me considero dono da verdade. Não carrego a palmatória do mundo. Cresce em mim a consciência de que sou imperfeito. Luto para não permitir que covardia me afaste do confronto de meus  paradoxos. Não nego: sou incapaz de viver tudo o que prego – a  mensagem que anuncio é muito mais excelente do que eu. A igreja que pastoreio tem enormes dificuldades. Contudo, insisto com a necessidade de rescindir com o que comumente se conhece como Movimento Evangélico.
1.     Vejo-me incapaz de tolerar que o Evangelho se transforme em negócio e o nome de Deus vire marca que vende bem. Não posso aceitar, passivamente, que tentem converter os cristãos em consumidores e a igreja, em balcão de serviços religiosos. Entendo que o movimento evangélico nacional se apequenou. Não consegue vencer a tentação de lucrar como empresa. Recuso-me a continuar esmurrando as pontas de facas de uma religião que se molda à Babilônia.
2.       Não consigo admirar a enorme maioria dos formadores de opinião do movimento evangélico (principalmente os que se valem da mídia). Conheço muitos de fora dos palcos e dos púlpitos. Sei de histórias horrorosas, presenciei fatos inenarráveis e testemunhei decisões execráveis. Sei que muitas eleições nas altas cupulas denominacionais acontecem com casuísmos eleitoreiros imorais. Estive na eleição para presidente de uma enorme denominação. Vi dois zeladores do Centro de Convenções aliciados com dinheiro. Os dois receberam crachá e votaram como pastores. Já ajudei em “cruzadas” evangelísticas cujo objetivo se restringiu filmar a multidão, exibir nos Estados Unidos e levantar dinheiro. O fim último era sustentar o evangelista no luxo nababesco. Sou testemunha ocular de pastores que depois de orar por gente sofrida e miserável debocharam delas, às gargalhadas. Horrorizei-me com o programa da CNN em que algumas das maiores lideranças do mundo evangélico americano apoiaram a guerra do Iraque. Naquela noite revirei na cama sem dormir. Parecia impossível acreditar que homens de Deus colocam a mão no fogo por uma política beligerante e mentirosa de bombardear outro país. Como um movimento, que se pretende portador das Boas Novas, sustenta uma guerra satânica, apoiada pela indústria do petróleo.
3.       No momento em que o sal perde o sabor para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perde credibilidade por priorizar a mensagem que promete prosperidade. Como conviver com uma religião que busca especializar-se na mecânica das “preces poderosas”? O que dizer de homens e mulheres que ensinam a virtude como degrau para o sucesso? Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranoia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem a necessidade de Deus.
4.       Não consigo identificar-me com o determinismo teológico que impera na maioria das igrejas evangélicas. Há um fatalismo disfarçado que enxerga cada mínimo detalhe da existência como parte da providência. Repenso as categorias teológicas que me serviam de óculos para a leitura da Bíblia. Entendo que essa mudança de lente se tornou ameaçadora. Eu, porém, preciso de lateralidade. Quero dialogar  com as ciências sociais. Preciso variar meus ângulos de percepção. Não gosto de cabrestos. Patrulhamento e cenho franzido me irritam . Senti na carne a intolerância e como o ódio está atrelado ao conformismo teológico. Preciso me manter aberto à companhia de gente que molda a vida, consciente ou inconsciente, pelos valores do Reino de Deus sem medo de pensar, sonhar, sentir, rir e chorar. Desejo desfrutar (curtir)  uma espiritualidade sem a canga pesada do legalismo, sem o hermético fundamentalismo, sem os dogmas estreitos dos saudosistas e sem a estupidez dos que não dialogam sem rotular.
Não, não abandonarei a vocação de pastor. Não negligenciarei a comunidade onde sirvo. Quero apenas experimentar a liberdade prometida nos Evangelhos. Posso ainda não saber para onde vou, mas estou certo dos caminhos por onde não devo seguir.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A IGREJA PRIMITIVA!

As autoridades chinesas reforçaram ainda mais a sua oposição contra o Cristianismo na China, segundo comentários de um influente grupo que defende os direitos humanos no mundo.
Em seu relatório anual, a China Aid Association (CAA) revelou números que demonstravam que houve um aumento drástico na perseguição realizada pela governo chinês contra os cristãos e contras as igrejas do país.
Essas estatísticas incluem um aumento de 131% no número de cristãos presos por praticarem sua fé dentro do país. “Essa tendência de agravamento da perseguição vem crescendo a seis anos”, segundo o relatório do CAA, que também acrescentou que não foram somente os cristãos os alvos de perseguição religiosa.
Segundo o relatório, o governo chinês quer criar uma atmosfera de terror dentro da população do país, criando leis e punições ainda mais rígidas para as pessoas que seguem uma fé que difere das crenças e permissões do Estado.
Umas das atuais “vítimas” do governo é o famoso caso da Igreja de Shouwang, que não foi autorizada a se reunir no local onde haviam alugado e por isso se reuniam em locais públicos. O impacto da atitude da igreja de Shouwang foi significativo para a sociedade. Muitos membros da igreja foram presos durante esse período.
Segundo relatos, as pessoas que são detidas sofrem torturas enquanto estão presas, o que gerou uma grande preocupação nas entidades que defendem os direitos humanos no país. Segundo a CAA, as torturas contra presos aumentaram 33% nos últimos seis anos.
Ore pelos cristãos chineses. Como apontam as pesquisas, a perseguição feita pelo governo do país tem aumentado muito, por isso eles têm sido constantemente presos. Ore para que Deus dê força para cada cristão que está enfrentando a prisão. Ore para que Deus dê paz para cada um deles.
Fonte: Portas Abertas Brasil

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CIENTISTAS DESVENDAM PROFECIA MAIA SOBRE O FIM DO MUNDO EM 2012!

Arqueólogos de diversos países se reuniram no Estado de Chiapas, uma área repleta de ruínas maias no sul do México, para discutir a teoria apocalíptica de que essa antiga civilização previra o fim do mundo em 2012. A teoria, amplamente conhecida no país e contada aos visitantes tanto no México como na Guatemala, Belize e outras áreas onde os maias também se estabeleceram, teve sua origem no monumento nº 6 do sítio arqueológico de Tortuguero e em um ladrilho com hieróglifos localizado em Comalcalco, ambos centros cerimoniais em Tabasco, no sudeste do país.
O primeiro faz alusão a um evento místico que ocorreria no dia 21 de dezembro de 2012, durante o solstício do inverno, quando Bahlam Ajaw, um antigo governante do lugar, se encontra com Bolon Yokte', um dos deuses que, na mitologia maia, participaram do início da era atual.
Até então, as mensagens gravadas em "estelas" - monumentos líticos, feitos em um único bloco de pedra, contendo inscrições sobre a história e a mitologia maias - eram interpretadas como uma profecia maia sobre o fim do mundo.
Entretanto, segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah), uma revisão das estelas pré-hispânicas indica que, na verdade, nessa data de dezembro do ano que vem os maias esperavam simplesmente o regresso de Bolon Yokté.
"(Os maias) nunca disseram que haveria uma grande tragédia ou o fim do mundo em 2012", disse à BBC o pesquisador Rodrigo Liendo, do Instituto de Pesquisas Antropológicas da Universidade Autônoma do México (Unam).
"Essa visão apocalíptica é algo que nos caracteriza, ocidentais. Não é uma filosofia dos maias."
Novas interpretações
Durante o encontro realizado em Palenque, que abriga uma das mais impressionantes ruínas maias de toda a região, o pesquisador Sven Gronemeyer, da Universidade australiana de Trobe, e sua colega Bárbara Macleod fizeram uma nova interpretação do 6º monumento de Tortuguero.
Para eles, os hieróglifos inscritos na estela se referem à culminação dos 13 baktunes, os ciclos com que os maias mediam o tempo. Cada um deles era composto por 400 anos.
"A medição do tempo dos maias era muito completa", explica Gronemeyer. "Eles faziam referência a eventos no futuro e no passado, e há datas que são projetadas para centenas, milhares de anos no futuro", afirma.
Para a jornalista Laura Castellanos, autora do livro "2012, Las Profecias del Fin del Mundo", o sucesso da teoria apocalíptica junto à cultura ocidental se deve a uma "onda milenarista" que, segundo ela, "antecipa catástrofes ou outros acontecimentos cada vez que se completam dez séculos".
Para Castellanos, esse tipo de efeméride é reforçada por uma 'crise ideológica, religiosa e social'.
Ela observa que as profecias sobre 2012 não têm somente uma 'vertente catastrófica', mas também uma linha que "prognostica o despertar da consciência e o renascimento de uma nova humanidade, mais equitativa".
Fonte: G1.

DEIXEM SEUS COMENTÁRIOS!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ATIVISTA JÚLIO SEVERO CRITICA LANNA HOLDER!

O blogueiro e ativista pró-família Julio Severo publicou em seu site um artigo comentando as declarações da pastora Lana Holder, em entrevista concedida recentemente.

Na ocasião, Lana defendeu a tese de que a passagem bíblica de Levítico 18:22, em que a Bíblia condena a homossexualidade e classifica como abominação, está em um contexto separado, pois segundo ela, no mesmo capítulo a Bíblia proíbe o consumo de carne de porco. Severo rebate as afirmações da pastora Lana Holder e cita em seu artigo, o capítulo mencionado: “Ao contrário do que Lanna alegou, no capitulo 18 inteiro não há uma única menção a porco. No máximo, só há espírito de porco e muita, muita porcaria sexual. O contexto traz proibições de várias anormalidades sexuais, inclusive sexo com animais e sacrifício de bebês ao demônio Moloque”.
Duro em sua crítica à pastora, Julio Severo faz um trocadilho com o nome da líder da Igreja Cidade Refúgio, tratando como “Lama Holder” e cita o versículo vinte e dois do capítulo dois de 2 Pedro para ilustrar a história de Lana, que antes de fundar sua própria denominação, foi afastada de suas funções ministeriais por ter se envolvido com outra mulher, e depois que voltou aos púlpitos, resolveu assumir-se homossexual: “Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: “O cão voltou ao seu vômito” e ainda: “A porca lavada voltou a revolver-se na lama”.
Reforçando sua argumentação contrária à opinião de Lana Holder, Severo frisa que no Novo Testamento a homossexualidade continua proibida: “Diferente da carne de porco, a condenação à homossexualidade é reforçada no Novo Testamento em vários lugares”, afirma o blogueiro, citando a passagem bíblica de 1 Coríntios 6:9-11.
“No tempo do apóstolo Paulo, não havia ativista gay ou gayzista ou homossexualista, como conhecemos hoje. Havia só os homens que cometiam atos homossexuais. Mesmo não sendo ativistas, Paulo mostrou que, enquanto não abandonassem as práticas homossexuais, as portas do Céu estavam fechadas para eles. Para eles e também para os idólatras, os adúlteros, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes. Entretanto, as portas da igreja devem estar abertas para eles exatamente para que eles possam ouvir o Evangelho, se arrepender, abandonar seus pecados e obter entrada no Reino de Deus. Mas a nenhum deles é permitido entrada no ministério sacerdotal, pois é antibíblico um pastor ser idólatra, adúltero, homossexual, ladrão, avarento, bêbado, caluniador e assaltante”, observa Julio Severo.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Lanna Holder, o porco e a sodomia”, publicado no blog de Julio Severo:
Em entrevista recente ao Gospel Prime, Lanna Holder, que se considera pastora lésbica, usou o exemplo dos pastores para defender sua opção sexual: se eles podem viver em divórcios e recasamentos, por que ela não pode viver no lesbianismo?
Só não vou tratar desse assunto porque meu artigo “A teologia da nudez” já disse tudo o que precisava ser dito sobre homossexuais e pastores divorciados e recasados: http://juliosevero.blogspot.com/2008/04/teologia-da-nudez.html
Vou tratar de outro assunto igualmente importante de Lanna Holder, que é “pastora”, não porque alguma denominação evangélica brasileira esteja ordenando gays e lésbicas, imitando decadentes igrejas americanas. Ela é “pastora” por decadência lésbica pessoal, sem o apoio de nenhuma denominação evangélica do Brasil. Claro que, no que depender do governo e da mídia, ela tem aprovação garantida para qualquer decadência lésbica, gay, bissexual, transexual e transgênera que quiser.
Na entrevista ao Gospel Prime, ela foi indagada sobre este versículo:
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é.” (Levítico 18:22 ACF)
A resposta dela: “No mesmo capitulo de Levítico que fala que é proibido um homem se deitar com outro homem… no mesmo contexto também fala que era abominável comer carne de porco”.
Ela colocou o porco diretamente no assunto! Barack Hussein Obama, durante sua primeira campanha eleitoral presidencial, fez discurso não muito diferente, citando Levítico e o homossexualismo.
Mas será que o pecado da homossexualidade está mesmo, no livro de Levítico, no contexto do porco? Vejamos:
“Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para descobrir a sua nudez. Eu sou o SENHOR. Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe: ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez. Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai. A nudez da tua irmã, filha de teu pai, ou filha de tua mãe, nascida em casa, ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás. A nudez da filha do teu filho, ou da filha de tua filha, a sua nudez não descobrirás; porque é tua nudez. A nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai (ela é tua irmã), a sua nudez não descobrirás. A nudez da irmã de teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai. A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe. A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia. A nudez de tua nora não descobrirás: ela é mulher de teu filho; não descobrirás a sua nudez. A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão. A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para descobrir a sua nudez; parentas são; maldade é. E não tomarás uma mulher juntamente com sua irmã, para fazê-la sua rival, descobrindo a sua nudez diante dela em sua vida. E não chegarás à mulher durante a separação da sua imundícia, para descobrir a sua nudez, Nem te deitarás com a mulher de teu próximo para cópula, para te contaminares com ela. E da tua descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR. Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é; Nem te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é.”(Levítico 18:6-23 ACF)
Não há nenhum porco aí. Aliás, ao contrário do que Lanna alegou, no capitulo 18 inteiro não há uma única menção a porco. No máximo, só há espírito de porco e muita, muita porcaria sexual. O contexto traz proibições de várias anormalidades sexuais, inclusive sexo com animais e sacrifício de bebês ao demônio Moloque.
Se a homossexualidade é normal, o que dizer então de todas as outras porcarias sexuais que estão nesse contexto? Deve-se legalizar tudo o que está ali junto com a homossexualidade? (Para mais informações sobre os casos de “nudez” mencionados nessa passagem de Levítico, consulte meu artigo “A teologia da nudez”.)
No livro de Levítico, há menção ao porco, porém não é no contexto da homossexualidade nem no capítulo 18, conforme insistiu Lanna. Mas talvez ela tenha introduzido o porco na discussão homossexual devido à semelhança de estilos de vida. E que nenhum ativista gay me acuse de nada desta vez, pois quem igualou o porco ao homossexualismo foi uma “pastora” lésbica.
Pois bem, se ela quer falar de porco e homossexualismo, vamos aos fatos bíblicos.
Realmente, no Levítico é proibido comer porco, mas essa condenação não é reforçada no Novo Testamento. O Apóstolo Paulo, sob inspiração divina, nunca disse: “Os que comem carne de porco não herdarão o Reino de Deus!”
Eu não como porco, por entender que a Bíblia ensina corretamente sobre alimentos. Mas não acho que quem come vai para o inferno espiritual. Aliás, nunca me esqueço de um médico, pastor de Brasília, que durante uma pregação disse: “Como médico, sei que a carne de porco não é saudável e que viverei menos anos se a comer. Mas EU GOSTO!” Assim, pela medicina, o porco pode condenar o comilão a um inferno de problemas físicos.
Diferente da carne de porco, a condenação à homossexualidade é reforçada no Novo Testamento em vários lugares, inclusive nesta passagem:
“Vocês sabem que os maus não terão parte no Reino de Deus. Não se enganem, pois os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencerem a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.” (1 Coríntios 6:9-11 BLH)
No tempo do apóstolo Paulo, não havia ativista gay ou gayzista ou homossexualista, como conhecemos hoje. Havia só os homens que cometiam atos homossexuais. Mesmo não sendo ativistas, Paulo mostrou que, enquanto não abandonassem as práticas homossexuais, as portas do Céu estavam fechadas para eles. Para eles e também para os idólatras, os adúlteros, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes.
Entretanto, as portas da igreja devem estar abertas para eles exatamente para que eles possam ouvir o Evangelho, se arrepender, abandonar seus pecados e obter entrada no Reino de Deus. Mas a nenhum deles é permitido entrada no ministério sacerdotal, pois é antibíblico um pastor ser idólatra, adúltero, homossexual, ladrão, avarento, bêbado, caluniador e assaltante.
Então, aparece a Lanna Holder e diz: “Mas eu não quero ficar na igreja só ouvindo o Evangelho. Conheço a Bíblia de capa a capa! Quero pregar! Quero o púlpito! Do contrário, saio da igreja e fundo minha própria igreja!” E foi o que ela fez: fundou sua própria igreja, pois ela não se reconhece como uma mulher pecadora que precisa de Jesus Cristo e sua libertação. Ela só se reconhece como “pastora”.
Apesar disso, na entrevista, ela declarou que não é ativista do movimento gay. Mas Levítico 18:22 não condena homens envolvidos em militância política e legal gay. Condena homens envolvidos em atos homossexuais. Assim, sejam ativistas ou não, a Bíblia deixa muito claro que os homossexuais, assim como outros pecadores que não se arrependem e abandonam seus pecados, não têm direito ao Reino de Deus.
Tente imaginar a nojeira que é um porco no lamaçal de seu chiqueiro, e você entenderá por que Deus considera o ato homossexual nojento. Aliás, ele o chama de “abominação”, que significa “repugnante” e “detestável”.
Houve tempo em que Lanna queria crer nisso, mas hoje ela confessa sobre seus sentimentos lésbicos: “Se era uma influência demoníaca, por que eu continuava sentindo os mesmos desejos? Percebi que a minha natureza e a minha orientação sexual continuavam sendo as mesmas”.
Um drogado, beberrão, assaltante e outros desviados, que permanecem a vida inteira com o pecado abrigado no coração, poderiam fazer o mesmo questionamento: “Se é uma influência demoníaca, por que eu continuo sentindo os mesmos desejos (drogas, pedofilia, bebedeiras, roubos, estupros, adultérios, etc.)? Percebo que minha natureza continua sendo a mesma”.
Viver com o porco na boca não leva ninguém ao inferno. Só leva a problemas de saúde. Mas levar o porco na alma traz problemas de saúde e leva o porco de alma ao inferno.
Porco de alma é o que escolhe conviver com a “abominação” na alma e no corpo.
Tal “abominação” contamina também a mente, de modo que seu portador faz da verdade exatamente o que o porco faz com qualquer coisa limpa e bonita que venha a parar debaixo de suas patas: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.” (Mateus 7:6 ACF).
No caso de Lama Holder, ela tem jogado a Bíblia no lamaçal de seu chiqueiro teológico. Alegremente, ela pisa à vontade em qualquer passagem da Bíblia, distorcendo e reinterpretando do jeito lésbico que ela quer, e atacando como “fanático” qualquer cristão que discorde da interpretação de chiqueiro dela.
Ela diz que conheceu o Evangelho no passado, largou do lesbianismo e depois voltou. Mas ela não é a única. Ela representa inúmeros casos de pessoas que fazem a escolha pessoal de voltar.
“Essas pessoas são um exemplo deste ditado verdadeiro: ‘O cachorro volta ao seu próprio vômito’ e ‘A porca lavada volta a rolar na lama.’” (2 Pedro 2:22)
Essa porca lavada é porca de alma. Por mais que lhe lavem, a bicha prefere a lama! “Eu nasci assim! Eu nasci assim! Não consigo viver sem vômito e lama!” dirão algumas dessas criaturas.
Já vi muitos drogados irem ao Evangelho, e voltarem aos antigos hábitos. Já vi prostitutas, ladrões, beberrões e outros voltando aos seus vícios. E essas infelizes escolhas são confirmadas pelas palavras de Jesus, que disse que a maioria sempre escolhe a porta larga e o caminho espaçoso que conduz à perdição (cf. Mateus 7:13-14).
Claro que se você perguntar para Lanna Holder se ela abandonou o Evangelho, prontamente ela negará. O que as porcas de alma fazem é muito pior: trocam o Evangelho de Jesus Cristo pelo “evangelho” do vômito e da lama. E ainda por cima querem ser pastoras! Esse é o mesmo “evangelho” da decadência abraçado por grandes denominações evangélicas dos EUA.
No final das contas, foi ótimo a Lama ter enfiado o porco nessa estória toda. Nem mesmo eu nunca liguei o porco ao homossexualismo. Mas agora, com as palavras da “pastora” lésbica, tudo começou a fazer sentido. Sim, realmente tem tudo a ver! Estilos de vida idênticos.
Com relação ao número pequeno de pessoas que não volta aos antigos hábitos nem troca o Evangelho de Jesus Cristo pelo “evangelho” da decadência, Jesus diz: “Estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” (Mateus 7:14 ACF)
Já vi os que aceitaram e permaneceram no Evangelho puro e simples, e não voltaram ao vômito e à lama. São realmente poucos.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FUGINDO DOS EXTREMOS

Não sou de hoje. Já vivi algumas décadas. Tenho visto muitas coisas irem e virem, bem como irem e não mais voltarem.
Sou do tempo em que pregadores viajavam de ônibus pelas estradas cheias de lama, especialmente no nosso sofrido Nordeste. Até empurrá-los, para saírem do atoleiro, já fiz.
Sou do tempo em que o dinheiro da passagem dos pregadores lhes era entregue contadinho, justinho, “timtim por timtim”. Nada mais.
Ofertas de amor? Que é isso, gente? Vamos deixar as heresias de lado. Tudo se faz por fé.
Vivi isso por mais de 30 anos.
Até que surgiu algo novo. A consideração para com os pregadores, que vivem pela fé, mas têm, também, estômago, família e compromissos diuturnos.
Hoje estamos vivenciando os extremos, jamais sonhados antes.
Por um lado existem os pregadores que estipulam dois mil dólares por uma noite de pregação (uma noite? uma hora, melhor dizendo e no outro extremo há os pastores “amigos” que lhes dão 50 reais para um cafezinho. Um bom dinheiro para um café com biscoito, uma insignificância para comprar uma boa camisa.
Precisamos encontrar um denominador comum para essa confusão que se estabeleceu.
Existem pregadores que enriqueceram em dez anos, em seus périplos nacionais e internacionais.
Recentemente um deles confessou a um amigo meu: “estou rico, famoso e cansado”.
Existem pastores que ajustam qualquer quantia e pagam qualquer preço milionário para terem o “privilégio” de ter uma estrela em seus púlpitos, mesmo que para entregar a mesma palavra pela milésima vez. Literalmente.
Existem líderes que dizem: “pode deixar, eu sei abençoar os homens de Deus” e estes são despedidos com preciosos tapas de fraternidade e orações poderosas. Ajuda financeira, que também vale nada.
Está faltando equilíbrio.
Entregar fortunas, recolhidas do dízimo suado dos membros da Igreja, para enriquecer as múltiplas contas bancárias dos pregadores-empresários, talvez não tenha muito apoio lá em cima.
A manipulação e a malversação do dinheiro sagrado de ofertas e dízimos certamente se constituem em novo item para o Tribunal de Cristo.
Certa igreja, que conheço muito bem, “contratou” um desses famosos para três dias de Congresso, numa igreja na terra de Tio Sam.
Jamais se viu ou ouviu tanta agitação. O povo literalmente pulava, corria e gritava, indo quase ao delírio. O discurso (mensagem? vamos usar as palavras com sabedoria, gente!) era de encomenda para conduzir a platéia às fronteiras do delírio.
Não foi um Congresso de Pão. Quase diria que foi de circo.
Na segunda-feira que se seguiu a Comissão reuniu-se para fazer a avaliação, a fim de apresentar ao Criador os frutos alcançados pelas criaturas.
Balanço final: 14 mil dólares de gastos, incluindo telefonemas internacionais, dados pela majestade, a fim de ajustar outros compromissos. Nem uma decisão para Cristo, nem uma reconciliação, nem um batismo com o Espírito Santo.
Deixo-lhes uma pergunta: valeu a pena?
Ultimamente minha esposa e eu decidimos de comum acordo combinar previamente com aqueles que nos convidam (com algumas exceções) os termos da oferta de amor.
Ela tem encontrado alguns que perguntam: “somente isso, irmã”? Eles se espantam, pois já haviam contatado os mega-pregadores, habituados a cachês milionários, com exigência inclusive para uma passagem extra: para o empresário (misericórdia!) ou para o “pajem de armas” que acompanha o notável tribuno, com a responsabilidade sacerdotal (!) de vender seus DVDs, bem como a árdua tarefa de contar e guardar o dinheiro.
Esta matéria teria o cheiro de desabafo?
Veja o outro lado da questão: o diabo, os demônios e o inferno não são capazes de apagar um avivamento.
Nós mesmos podemos fazê-lo. Tudo começa quando perdemos o equilíbrio.
PR.GEZIEL GOMES.

A SORTE DOS DESGRAÇADOS!

Não aguento mais ser pesado, medido, comparado, avaliado. No instante em que me puxaram de dentro da mamãe, começou: “Quantos centímetros?” “Qual peso?” “E a cor dos olhos?” “Com três meses, sentou?” “Já engatinha?” “Aprendeu a ler com que idade?” “Passou de ano?” “Tirou dez em álgebra?” “Sabe trigonometria?” “Domina quantos idiomas?” “Tem pós-doutorado em que áreas?”.
Fico a imaginar o constrangimento da vizinha que teve  filho com menos quilos ou com lábio leporino. Qual o peso nos ombros dos pais do menino com alguma anomalia genética? O que dizer para a menina de seios pequenos? O que pensar da enfermeira? – ela não chegou a ser médica! Por que Deus distribui seus dons sem critério?
Para mim, chega. Esse campeonato além de não ter nenhum vencedor, cansa. Desisto de chegar em primeiro lugar. Abro mão da primeira fila de cadeiras. Estou ficando velho para entrar em octógnos com gente de QI anabolizado.
Sinto-me parceiro de Álvaro de Campos no Poema em Linha Reta. Eu também ando farto de semideuses. Mas, vou além dele. Peço licença, quero sair. Não ambiciono o título de ungido. Não procuro a sorte dos biliardários. Abro mão das unanimidades. Não pretendo romper qualquer faixa de chegada. Os bravos que fiquem com suas medalhas penduradas no peito. Não quero ser dono de jato ou helicóptero. As autoridades que se atem com os protocolos do poder.
Assumo: a vida me escanteou para as margens – mas estou bem. Sinto-me crescentemente confortável na companhia dos reles. Acho que já posso ser bem vindo no jantar dos pecadores. Eu, “que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas”, agora me sinto à vontade entre proscritos.
Ponho-me a caminho dos esteticamente feios, dos pobres, dos discriminados, dos exilados, dos falidos. E nessa jornada, redescubro a inebriante verdade bíblica de que Deus preferiu fazer morada no acampamento do oprimido. Ele amava as mulheres menos amadas, e fez com que fossem as mais férteis. Para ele, os gigantes encarnavam o mal e os baixinhos eram gente “segundo o seu coração”.
Sucesso, felicidade, liberdade, não seriam a maldição de Mamon? Será que são mesmo desgraçados aqueles que a Fortuna, deusa sem alma, não brindou? Então, qual o consolo dos negros que morreram nos fétidos porões de transatlânticos? Que estavam sendo poupados da escravidão? Ou será que todas as divindades esqueceram deles? Estavam sós, mulheres queimadas sobre a madeira verde da Inquisição? Chamaremos de bastardos de Javé os soldados rasos que o gás de mostarda asfixiou nas trincheiras da Primeira Grande Guerra do século XX?
Todos os dias, milhões nascem destinados ao anonimato e milhões somem da vida marcados pela miséria. Os pobres se dissolvem em alguma cova rasa. Eles não terão memória. O tempo os esmigalhará em nada. A vida é dolorida, assombrosamente dolorida, para a maioria. Fala-se em compaixão. Palavra fútil. Não haverá compaixão enquanto não se descer do comboio do triunfo.
Levei enxovalhos. Qual foi o meu sofrimento diante da agonia das crianças de Darfur? Sofri olhares de soslaio. Chego a envergonhar-me de minhas aflições. A fotografia de um bairro do Haiti debocha de qualquer lamento meu. Contudo, os poucos e ridículos constrangimentos que rondaram a minha vida serviram para que eu desistisse de segurar o cabo-de-guerra dos bem sucedidos.
Sei que um dia, mais cedo ou mais tarde, todos chegaremos ao fim. Naquele dia, alcançaremos os perdedores. Seremos tão pobres quanto o mais pobre pária indiano, tão frágeis quanto as mais frágeis meninas nordestinas que se prostituem, tão solitários quanto o desterrado africano. E agradeceremos por Deus não dar as costas aos morimbundos. Melhor começar agora a considerar-se derradeiro e não cabeça, louco e não genial, pobre e não abastado.
Soli Deo Gloria
Gondim.